David Bowie - The Buddha of Suburbia

The Buddha of Suburbia

19º álbum de estúdio​

Fase

Reinvenções e Reflexões (1993–2003)

7.3

Nota média
de sites de crítica

Bowie entre o jazz e o experimental

Em The Buddha of Suburbia, Bowie mergulha em um laboratório sonoro sem amarras, criando um disco que é ao mesmo tempo introspectivo e ousado. Inspirado pela adaptação televisiva do romance de Hanif Kureishi, o álbum transcende a ideia de trilha sonora, explorando territórios que vão do ambient ao jazz, passando por ecos de sua fase berlinense.

Gravado em apenas seis dias, o disco soa como um diário musical experimental, onde faixas como “South Horizon” e “The Mysteries” evocam atmosferas etéreas, enquanto “Strangers When We Meet” antecipa a sensibilidade pop de trabalhos futuros. Apesar de negligenciado na época, The Buddha of Suburbia é uma joia escondida que revela um Bowie em plena reinvenção criativa.

Destaques

1 – Buddha of Suburbia
6 – Strangers When We Meet
7 – Dead Against It

Menos ouvidas

4 – The Mysteries
9 – Ian Fish, U.K. Heir

Fatos interessantes

• Gravado em apenas seis dias, com mais quinze dedicados à mixagem devido a problemas técnicos.

• Inicialmente vendido como trilha sonora, o álbum recebeu pouca promoção e não foi lançado nos EUA até 1995.

• Apenas a faixa-título foi usada na série da BBC; o restante do álbum é material original inspirado no projeto.

• Bowie listou influências como Pet Sounds, Roxy Music, T. Rex, Neu!, Kraftwerk e Brian Eno nas notas do encarte.

• A faixa “Ian Fish, U.K. Heir” é um anagrama de Hanif Kureishi, autor do livro que inspirou o álbum.

• Em 2003, Bowie declarou que este era seu álbum favorito.

• O disco foi relançado em 2021 como parte da caixa Brilliant Adventure (1992–2001), incluindo uma versão em vinil após quase 30 anos.

• A versão final de “Buddha of Suburbia” conta com a participação de Lenny Kravitz na guitarra.

• “Strangers When We Meet” foi regravada para o álbum seguinte, 1. Outside (1995).

• Apesar de críticas positivas, o álbum alcançou apenas a 87ª posição nas paradas do Reino Unido.

Produção

David Bowie, David Richards

Mudança de line

Retorno de Mike Garson, pianista dos anos 70, e a colaboração com Erdal Kızılçay, parceiro frequente nos anos 80.

Formação

David Bowie – vocais, guitarra, teclados, sintetizadores, saxofone
Erdal Kızılçay – teclados, sintetizador, trompete, guitarra, baixo, bateria, percussão
Mike Garson – piano
Lenny Kravitz – guitarra (faixa 10)
Rob Clydesdale – guitarra
Paul Davidson – baixo
Danny ‘Isaac’ Prevost – bateria

Se gostou, também vai gostar de...

Swans - Birthing
Pós-rock

Swans – Birthing

O adeus grandioso da era épica do Swans: drones hipnóticos, percussões rituais e vocais proféticos em um épico de quase duas horas.

David Bowie - Heroes
Art rock

David Bowie – Heroes

Bowie mistura art rock e ambient em um álbum intenso e emocional, com guitarras marcantes e atmosferas eletrônicas, gravado na Berlim dividida.

David Bowie - Lodger
Art rock

David Bowie – Lodger

Mistura de art rock e world music, Lodger é o álbum mais acessível da trilogia de Berlim, com críticas sociais e sonoridades globais.

Outros álbuns do mesmo ano

INXS - Full Moon
Rock

INXS – Full Moon, Dirty Hearts

Rock sensual e baladas introspectivas, com a voz de Hutchence liderando uma produção polida e cheia de charme. Uma tentativa de se encaixar em um ercado dominado pelo grunge.

a-ha - Memorial Beach
Alternative Rock

a-ha – Memorial Beach

Melancolia épica, funk e drama cinematográfico, revelando o a-ha em sua fase mais ousada e criativa, à beira do caos.