Art pop, Pop Rock

Hours

6.5

Nota média
de sites de crítica

Bowie em modo contemplativo

Em “Hours…”, Bowie troca os sintetizadores frenéticos de “Earthling” por baladas melancólicas e arranjos mais suaves, como quem troca as pistas de dança por um sofá confortável e uma taça de vinho. O álbum soa como uma carta de despedida dos anos 90, com letras que refletem sobre o tempo, a fé e a mortalidade.

É como se Bowie estivesse olhando para o espelho e conversando com suas versões passadas, buscando reconciliação. Embora algumas faixas possam parecer mornas, há momentos de brilho que lembram o Bowie de “Hunky Dory”. “Hours…” pode não ser seu trabalho mais ousado, mas oferece uma honestidade desarmada que toca fundo.

Destaques

3 – Thursday’s Child
5 – Survive
7 – Seven

Menos ouvidas

4 – If I’m Dreaming My Life
9 – Brilliant Adventure

Fatos interessantes

• “Hours…” foi o primeiro álbum de um grande artista a ser lançado para download na internet, através do site BowieNet.

• A capa do álbum, inspirada na Pietà, mostra Bowie de cabelo curto sendo segurado por uma versão mais jovem de si mesmo.

• A música “What’s Really Happening?” teve letras escritas por um fã, vencedor de um concurso promovido por Bowie na internet.

• O álbum foi originalmente concebido como trilha sonora para o videogame “Omikron: The Nomad Soul”, no qual Bowie também aparece como personagem.

• “Hours…” marcou a última colaboração de Bowie com o guitarrista Reeves Gabrels, encerrando uma parceria de mais de uma década.

• A sonoridade do álbum remete ao estilo de “Hunky Dory”, com ênfase em composições acústicas e introspectivas.

• Apesar de alcançar o 5º lugar nas paradas do Reino Unido, o álbum teve desempenho modesto nos EUA, chegando apenas à 47ª posição.

• Críticas ao álbum foram mistas, com alguns elogiando sua sinceridade e outros considerando-o menos inspirado que trabalhos anteriores.

• A faixa “Thursday’s Child” foi lançada como single principal e alcançou a 16ª posição nas paradas britânicas.

• Em 2021, “Hours…” foi remasterizado e incluído no box set “Brilliant Adventure (1992–2001)”.

Produção

David Bowie, Reeves Gabrels

Mudança de line

O álbum marca a última colaboração de David Bowie com o guitarrista Reeves Gabrels, parceiro desde a formação do Tin Machine em 1988. Divergências criativas sobre a direção musical levaram à saída de Gabrels após a gravação de “Hours…”.

Formação

David Bowie – vocais, guitarra de 12 cordas, teclados, programação de bateria
Reeves Gabrels – guitarra, programação de sintetizadores, programação de bateria
Mark Plati – baixo, guitarra acústica e elétrica de 12 cordas, programação de sintetizadores e bateria, mellotron (em “Survive”)
Mike Levesque – bateria, percussão
Sterling Campbell – bateria (em “Seven”, “New Angels of Promise”, “The Dreamers”)

Músicos adicionais
Everett Bradley – percussão (em “Seven”)
Chris Haskett – guitarra rítmica (em “If I’m Dreaming My Life”)
Marcus Salisbury – baixo elétrico (em “New Angels of Promise”)
Holly Palmer – vocais de apoio (em “Thursday’s Child”)

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