Black Sabbath - Sabotage

Sabotage

6º álbum de estúdio​

Fase

Ascensão das Trevas com Ozzy (1969–1978)

7.8

Nota média
de sites de crítica

A Luta do Sabbath Contra o Sistema: 'Sabotage'

“Sabotage” é o álbum em que o Black Sabbath decide meter o dedo na ferida e gritar contra a indústria musical. Após várias tretas internas, a banda surge com um som mais agressivo, caótico e cheio de atitude, quase como se tivesse decidido detonar tudo.

Com riffs serrados e a voz rouca de Ozzy, o disco soa como uma mistura de fúria e desespero, com influências de psicodelia e um toque de progressivo, como se o Sabbath estivesse tentando se reinventar sem perder a brutalidade. Comparado ao som mais direto de “Paranoid”, o álbum é mais experimental e cheio de mudanças, o que nem sempre dá certo, mas é essa ousadia que faz a diferença. Se você curte metal com doses de psicodelia e uma pitada de rebeldia, “Sabotage” é o prato certo, embora não seja a escolha mais acessível da banda.

Destaques

3. Symptom of the Universe
1. Hole in the Sky
4. Megalomania

Menos ouvidas

6. Supertzar 2. Don’t Start (Too Late)

Fatos interessantes

• Durante as sessões de “Sabotage”, o Black Sabbath enfrentou uma batalha legal contra seu ex-empresário, Patrick Meehan, que os processava após ser demitido. Esse período de estresse constante influenciou diretamente o som do álbum, tornando-o mais agressivo e pesado. ​

• As gravações, realizadas no Morgan Studios em Londres, foram frequentemente interrompidas por questões legais, com advogados aparecendo no estúdio para entregar documentos. Isso levou a sessões de gravação que se estendiam até altas horas da madrugada. ​

• Para a faixa “Supertzar”, a banda incorporou o Coro Filarmônico de Londres, adicionando uma dimensão épica e única à música. Ozzy Osbourne inicialmente pensou ter chegado ao estúdio errado ao vê-los lá. ​

• A capa de “Sabotage” apresenta os membros da banda com roupas improvisadas, resultado de um mal-entendido durante a sessão de fotos. Bill Ward apareceu usando uma meia-calça vermelha da esposa e uma cueca emprestada de Ozzy, tornando-se alvo de piadas desde então. ​

• “Symptom of the Universe” como precursor do thrash metal: A faixa é considerada uma das primeiras a incorporar elementos do thrash metal, com riffs rápidos e agressivos que influenciariam bandas futuras do gênero. ​

• “Am I Going Insane (Radio)” e o uso de gíria britânica: A canção apresenta a expressão “radio-rental”, uma gíria britânica para “mental”, refletindo a criatividade lírica da banda mesmo em tempos difíceis. ​

• Apesar de turnês bem-sucedidas e apresentações para grandes públicos, como no California Jam em 1974, a banda enfrentava problemas financeiros, recebendo baixos pagamentos e precisando lutar legalmente para reverter a situação. ​

• Durante a turnê de promoção do álbum, o KISS abriu os shows do Black Sabbath, oferecendo aos fãs uma mistura única de performances no palco. ​

• Devido ao uso crescente de orquestras e técnicas de estúdio no álbum, a turnê contou com a presença do tecladista Gerald “Jezz” Woodroffe, enriquecendo a experiência ao vivo. ​

• “Sabotage” alcançou a posição nº 7 nas paradas britânicas e nº 28 nos EUA, sendo aclamado pela crítica como um dos melhores trabalhos da banda, apesar das dificuldades enfrentadas durante sua produção. ​

Produção

Black Sabbath, Mike Butcher

Mudança de line

Nenhuma alteração

Formação

Ozzy Osbourne – vocais principais
Tony Iommi – guitarras, piano, sintetizador, órgão, harpa
Geezer Butler – baixo
Bill Ward – bateria, percussão, piano e vocais de apoio/scat em “Blow on a Jug”

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