Funk metal, Heavy metal

Collideøscope

7.5

Nota média
de sites de crítica

Choque e introspecção pós‑11/09

Este é um álbum que rasga a cortina do pós-11 de setembro com guitarras furiosas e ritmos pulsantes. Opening com “Song Without Sin” já mostra a ambição: riffs explosivos misturados com ecos de música do Oriente Médio, como uma trilha de filme distópico. Em “Flying”, o momento mais cru, a banda consegue capturar uma sensação quase cinematográfica — você sente o peso emocional dos últimos instantes das Torres Gêmeas, embalada por vocais intensos de Corey Glover e arranjos delicados, quebrando o perfil agressivo do restante do disco.

Já “In Your Name” e “Nightmare City” adotam grooves de drum’n’bass e reggae, mostrando a versatilidade funk-metal da banda. Os covers de AC/DC e Beatles dão um ar irreverente ao caos emocional do álbum. Em comparação às experimentações industriais de “Stain”, “Collideøscope” é mais maduro, reflexivo e tematicamente encorpado—um retorno com marca registrada, só que com cicatrizes dos anos vividos.

Destaques

4 – Flying
1 – Song Without Sin
7 – Nightmare City

Menos ouvidas

12 – Pocket Of Tears
9 – Holy Roller

Fatos interessantes

• Foi o primeiro álbum de estúdio do Living Colour em 10 anos, após “Stain” (1993) e reunion em 2000.

• Muitas faixas abordam direta ou indiretamente os ataques de 11 de setembro e suas consequências sociais.

• Inclui versões de “Back in Black” (AC/DC) e “Tomorrow Never Knows” (The Beatles), que aportam contraste ao conteúdo pesado.

• “Flying” retrata os momentos antes da queda nas Torres Gêmeas, via narrativa musical intensa.

• O som do disco alterna entre hard rock furioso, grooves de funk e explosões de drum’n’bass.

• Apesar do elogio da crítica, foi o primeiro álbum da banda a não entrar nas paradas dos EUA.

Produção

Living Colour, Andy Stackpole

Mudança de line

Sem mudanças significativas

Formação

Corey Glover – voz
Vernon Reid – guitarra elétrica e acústica, backing vocals, sound design, sample munging
Doug Wimbish – baixo, backing vocals, sound design, ambience, guitarra (faixa 3), bateria (faixa 10), programação de bateria (faixa 5)
Will Calhoun – bateria, wave drum, indigenous water drum, samples, loops, tabla, keyboard sonics, percussão eletrônica

Músicos adicionais
David Sancious – teclados (faixa 9)

Se gostou, também vai gostar de...

Heavy metal

Black Sabbath – Paranoid

Clássico máximo da banda, “Paranoid” é o álbum que definiu o heavy metal, com riffs pesados, temas sombrios e a marca única do Black Sabbath: puro caos e intensidade sonora.

18/09/1970