Heaven and Hell é como uma ressuscitação celestial do Black Sabbath, só que com um tempero extra de magia sombria e distorcida. Com Ronnie James Dio assumindo o microfone, a banda mergulha em um oceano de temas místicos, divinos e, claro, infernais.
O álbum flerta com o épico, como se fosse um épico de metal, com riffs pesados, mas com uma elegância lírica que lembra mais uma ópera gótica do que uma simples canção de rock. A batida e a energia são mais intensas que um gole de café forte na madrugada, e o som lembra a luta entre o bem e o mal, como se Ozzy tivesse ido se aposentar e Dio tivesse vindo para dar aula. Comparando com a fase anterior do Sabbath, Heaven and Hell traz um sopro de renovação que os anos 80 estavam precisando, sem perder a essência do legado do Black Sabbath.
• Lançado em 25 de abril de 1980, Heaven and Hell marcou a estreia de Ronnie James Dio nos vocais, substituindo Ozzy Osbourne.
• Foi Sharon Arden (posteriormente Sharon Osbourne) quem apresentou Dio a Tony Iommi, facilitando a formação dessa nova fase da banda.
• Martin Birch, produtor renomado que já trabalhou com Deep Purple e Iron Maiden, assumiu a produção do álbum, trazendo uma sonoridade refinada ao trabalho.
• As sessões ocorreram no Criteria Studios, em Miami, e no Studio Ferber, em Paris, garantindo uma diversidade de influências e texturas musicais.
• A arte da capa, criada por Lynn Curlee, foi inspirada em uma fotografia de 1928 mostrando mulheres vestidas como anjos fumando, adicionando um toque místico ao álbum.
• O álbum gerou três singles: “Children of the Sea”, “Neon Knights” e “Die Young”, cada um contribuindo para consolidar a nova identidade sonora da banda.
• Geoff Nicholls, amigo de longa data de Iommi, debutou como tecladista de estúdio no Black Sabbath durante este álbum, adicionando camadas adicionais ao som da banda.
• Heaven and Hell obteve excelente recepção, alcançando a 28ª posição na Billboard 200 dos EUA e vendendo mais de 1 milhão de cópias no país, garantindo disco de platina.
• O álbum é amplamente considerado um dos melhores do Black Sabbath, influenciando diversas bandas e gerando inúmeros covers de suas faixas ao longo dos anos.
• Curiosamente, Bill Ward, baterista original, expressou que o álbum representou o início de uma “nova banda” devido às mudanças no som e nas letras, embora tenha apreciado algumas faixas, como “Lonely is the Word”.