Travis - 12 Memories

12 Memories

4º álbum de estúdio​

Era

Reflexão e Consciência (2001–2003)

6.4

Nota média
de sites de crítica

Travis em estado cru

Em 12 Memories, Travis abandona o tom solarengo dos lançamentos anteriores e mergulha num mar de temas sombrios — desde abuso doméstico até protestos contra a Guerra do Iraque e crises psicológicas. A banda refinou seu som, com guitarras distorcidas, influências eletrônicas e um toque de trip-hop; a produção é clara e atmosférica, lembrando Automatic for the People do R.E.M.

Fran Healy parece usar este álbum como catarse — após a grave lesão do baterista, eles se refugiaram numa cabana na Ilha de Mull e deram voz a memórias pesadas e urgentes. Canções como “Re‑Offender” atacam diretamente a violência doméstica com letras cruas, enquanto “The Beautiful Occupation” ecoa indignação pela invasão do Iraque. Ainda que o tom seja menos leve, há momentos de melodia pura em faixas como “Love Will Come Through”, que remete ao som clássico da banda. No geral, é um Travis mais maduro, mais introspectivo e disposto a arriscar — pode não agradar a todos, mas mostra coragem e um rosto diferente do grupo.

Destaques

3 – Re‑Offender
8 – Love Will Come Through
7 – Somewhere Else

Menos ouvidas

4 – Peace the Fuck Out
6 – Paperclips

Fatos interessantes

• É o primeiro álbum totalmente autoproduzido pela banda (com co‑produção)

• O título “12 Memories” é irônico: há 11 faixas, a 12ª é a faixa escondida “Some Sad Song”

• “Re-Offender” foi inspirado no próprio pai de Fran, que abusava da mãe

• O baterista Neil se recuperava de uma lesão na coluna — o processo criativo foi feito numa cabana na ilha de Mull

• A faixa “The Beautiful Occupation” é um protesto direto contra a Guerra do Iraque

• A produção tem influência de trip‑hop e uso de guitarras distorcidas, inusitado no som limpo dos álbuns anteriores

• Entrou em #3 no Reino Unido, com single “Re‑Offender” alcançando o Top 10

• “Love Will Come Through” foi trilha em séries e publicidade, lembrando o Travis mais melódico

• A capa remete a Let It Be dos Beatles e Pop do U2, sem logo ou título visível

• Avaliações foram mistas‑positivas: Metacritic 64/100 (“Generally favorable”)

Produção

Travis; Tchad Blake; Steve Orchard

Mudança de line

Sem mudanças significativas

Formação

Fran Healy – voz, guitarra, piano
Andy Dunlop – guitarra, banjo, vocais de apoio
Dougie Payne – baixo elétrico, vocais de apoio
Neil Primrose – bateria

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