The Beach Boys - Holland

Holland

19º álbum de estúdio​

Fase

Adaptação e Desgaste (1972–1979)

7.8

Nota média
de sites de crítica

Mensageiros da Califórnia distante

“Holland” tem a cara de uma road trip sonora pelos contrastes da Califórnia vista de longe – gravado numa fazenda holandesa, soa despretensioso mas sólido. As harmonias vocais suaves e os arranjos pop-rock combinam nostalgia com experimentação leve, especialmente em faixas como “The Trader” e “Leaving This Town”, que flertam com o rock progressivo. “Funky Pretty” ressoa como um encontro entre R&B conchas/fusão de sintetizadores épicos (“Vivaldi encontra os Regents no sintes mágico”).

As ausências criativas de Brian ficam visíveis, com Carl assumindo a liderança e o peso emocional em faixas longas e meditativas – especialmente “The Trader”. Em comparação com o álbum anterior (“Carl and the Passions – So Tough”), “Holland” soa mais coeso, autoral e equilibrado, apesar de menos pop ou radiofônico. A inclusão de “Sail On, Sailor” no fim das sessões mostra como pressão do selo (Reprise) para ter um single impactou o acabamento.

Destaques

1 – Sail On, Sailor
3 – Steamboat
2 – California Saga: California

Menos ouvidas

10 – He Come Down
9 – Make It Good

Fatos interessantes

• Gravado entre junho e novembro de 1972 na Holanda, em uma fazenda-alguma transformada em estúdio – ficou tão caro que custou cerca de $250 000 na época.

• Originalmente sem single comercial, a gravadora exigiu um hit – “Sail On, Sailor” foi incluída às pressas e se tornou a música mais famosa do disco.

• O EP bônus “Mount Vernon and Fairway” (12 minutos) é um conto musical infantil criado por Brian Wilson, narrado por Jack Rieley.

• Bruce Johnston saiu em 1972; Blondie Chaplin e Ricky Fataar assumiram oficialmente, trazendo uma sonoridade mais crua e diversificada.

• Rolling Stone indicou “Holland” como um dos álbuns do ano em 1973.

• Elvis Costello declarou “Holland” um de seus álbuns favoritos em 2000.

• “Funky Pretty” une grooves R&B com arranjos barrocos e sintetizador, chamado de “cosmic love song” pela Rolling Stone.

• “The Trader”, de Carl Wilson, é considerado um épico anti-imperialista e um dos pontos altos do disco.

• Mesmo sem grande sucesso comercial, ficou 30 semanas nas paradas dos EUA e alcançou o 20º lugar no Reino Unido.

Produção

The Beach Boys

Mudança de line

Saiu: Bruce Johnston (deixou o grupo no início de 1972). Entraram oficialmente Blondie Chaplin e Ricky Fataar (já haviam participado do álbum anterior, mas agora como membros formais).

Formação

Blondie Chaplin – vocais (lead e backing), guitarra, percussão
Al Jardine – vocais (lead e backing), guitarra rítmica
Mike Love – vocais (lead e backing)
Brian Wilson – backing vocals, piano acústico, Moog, congas, possivelmente bateria
Carl Wilson – vocais (lead e backing), guitarra elétrica, produtor
Dennis Wilson – vocais, bateria, piano ocasionalmente
Ricky Fataar – vocais, bateria, percussão, guitarra ocasionalmente

Músicos adicionais
Jack Rieley – narração (no EP “Mount Vernon and Fairway”)

Se gostou, também vai gostar de...

Morten Harket - Brother
Pop

Morten Harket – Brother

Pop sofisticado e introspectivo, com temas de superação e reflexão, mantendo a suavidade das raízes de A-Ha, mas com mais profundidade emocional.

Carpenters - Lovelines
Pop

Carpenters – Lovelines

Compilação póstuma que reúne faixas inéditas e solos de Karen Carpenter, mantendo viva a essência suave e melódica dos Carpenters.

Outros álbuns do mesmo ano

Led Zeppelin - Houses of the Holy
Art rock

Led Zeppelin – Houses of the Holy

Houses of the Holy é uma montanha-russa sonora, alternando entre rock pesado, baladas emocionais, reggae e até paródia, com uma diversidade impressionante.