Engenheiros do Hawaii - Minuano

Minuano

8º álbum de estúdio​

Era

Crise e Reconstrução (1995–1997)

7.5

Nota média
de sites de crítica

Raízes do pampa em riffs 90's

Em Minuano, o Engenheiros se reconecta às raízes gaúchas e lança um sopro gelado, seco e cheio de atitude – como o próprio vento que dá nome ao disco. O som é mais direto, com riffs robustos e teclado na medida certa, conferindo leveza e peso na mesma medida.

Há melodias inspiradas em vanerão e milonga (“A Ilha Não Se Curva”, “Deserto Freezer”), uma revisita criativa ao Belchior em “Alucinação” e momentos de introspecção pop-rock em “Nuvem” e “Faz Parte”. O resultado é um álbum que soa ao mesmo tempo enraizado e modernão, maduro sem perder a alma brincalhona da banda. Comparado aos discos anteriores, especialmente o triplo do trio Gessinger de 1996, há um amadurecimento evidente: letras mais afiadas, refrões cativantes e uma produção que brinda com equilíbrio energia e tradição.

Destaques

2 – Humano Demais
3 – A Montanha
5 – Nuvem

Menos ouvidas

4 – Faz Parte
6 – Sem Problema

Fatos interessantes

• O nome Minuano remete ao vento frio do Rio Grande do Sul e homenageia a tradição gaúcha.

• Lúcio Dorfman, convidado de estúdio, entrou oficialmente após boas performances durante as sessões.

• “3 Minutos” tem Humberto repetindo “Minuano” de trás pra frente aos 3 minutos exatos da faixa.

• A faixa “A Montanha” apresenta violino de Kleiton Ramil, misturando folk e rock.

• “Humano Demais” começou com um riff criado por Adal Fonseca aos 16 anos.

• A capa retrata o Monumento do Laçador, reforçando a identidade regionalista.

• Foi o primeiro álbum da banda lançado apenas em CD, sem versões em K7 ou LP.

• Vendeu cerca de 80.000 cópias até outubro de 1998 – acima das expectativas iniciais de 50.000.

• Recebeu elogios por sua maturidade sonora; a revista Bizz o chamou de “melhor trabalho desde 1988”.

Produção

Nilo Romero

Mudança de line

Após o hiato no fim de 1996, Humberto retorna como Engenheiros do Hawaii e incorpora novos integrantes: sai a antiga formação e entram Luciano Granja (guitarra), Adal Fonseca (bateria) e Lúcio Dorfman (teclados). A mudança trouxe som mais pesado e riffs influenciados pelo hard rock dos anos 70, segundo o próprio Gessinger,

Formação

Humberto Gessinger – voz, baixo, teclados (em “Nuvem”)
Luciano Granja – guitarras e violões
Adal Fonseca – bateria
Lúcio Dorfman – teclados

Músicos adicionais
Nilo Romero – baixo (em “Nuvem”), pandeiros, programações (em “3 Minutos”)
Billy Brandão – guitarra (em “Sem Problema”)
Humberto Barros – teclados, acordeom (em “A Ilha Não Se Curva”)
Léo Fernandes – teclados (em “3 Minutos”)
Kadu Menezes – bateria (em “Nuvem” e “9051”)
Ramiro Mussotto – percussão (em “Deserto Freezer” e “Outros Tempos”), programações (em “Outros Tempos”)
Carlos Trilha – programações (em “Alucinação”)
Jairo Diniz, Glauco Fernandes e Léo Ortiz – cordas (em “Nuvem” e “Faz Parte”)
Lui Coimbra – arranjo
Patrícia Vergara – regência
Kleiton Ramil – violino (em “A Montanha”)

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