David Byrne - American Utopia

American Utopia

10º álbum de estúdio​

Fase

Celebração Positiva e Escuta Humana (2018–2025)

6.5

Nota média
de sites de crítica

Otimismo em modo eletro-orgânico

Em American Utopia, David Byrne reaparece após quatorze anos com uma sonoridade que ressoa como um passeio por uma galeria futurista, onde art pop e art rock se encontram em ritmos e texturas tingidos de esperança. As composições, muitas vezes edificantes, flutuam entre batidas eletrônicas e arranjos orgânicos, como se uma orquestra de sintetizadores e cordas tivesse decidido dançar junto do coro de tambores e guitarras.

É um disco otimista em meio ao caos político e ambiental contemporâneo — quase como um protesto ensolarado, embalado por melodias contagiantes em “Everybody’s Coming to My House” ou reflexões sutis em “This Is That”. O tom é leve, mas embutido de profundidade; cada faixa, uma marmita de introspecção com pitadas de surrealismo urbano. Ainda que alguns momentos pareçam datados — como efeitos sonoros à lá anos 80 — o disco vibra com a autenticidade de quem quer sacudir o presente com arte e movimento.

Destaques

9 – Everybody’s Coming to My House
2 – Gasoline and Dirty Sheets
1 – I Dance Like This

Menos ouvidas

7 – Bullet
8 – Doing the Right Thing

Fatos interessantes

• É o primeiro álbum solo de David Byrne em 14 anos, desde Grown Backwards (2004).

• Faz parte de um projeto multimídia maior chamado Reasons to Be Cheerful, focado em positividade.

• O single “Everybody’s Coming to My House” foi lançado em 08/01/2018 como primeiro aperitivo.

• O álbum estreou em 3º lugar na Billboard 200, seu primeiro top 10 solo.

• A turnê foi altamente coreografada, com músicos descalços e tecnologias sem fio revolucionárias.

• A versão Broadway (2019) virou filme dirigido por Spike Lee e estreou na HBO em 2020.

• Visual minimalista nas performances: todos de ternos cinza combinando, cenário simples e elegante.

• A turnê e o álbum dialogam com temas contemporâneos como isolamento, ativismo e conexão humana.

Produção

David Byrne, Brian Eno, Rodaidh McDonald

Mudança de line

American Utopia apresenta uma colaboração muito mais extensa e eletrônica, com a inclusão significativa de produtores e músicos como Brian Eno, Rodaidh McDonald, Daniel Lopatin, Sampha e outros. Em vez de mudança formal de integrantes, há um forte acréscimo de colaboradores criativos, ampliando o universo sonoro em direção a texturas eletrônicas, percussões variadas e arranjos orquestrais.

Formação

David Byrne – voz, guitarra, teclados, pads
Rodaidh McDonald – arranjos, teclados adicionais, programação de bateria, percussão, sinos, strings
Daniel Lopatin – teclados, sintetizadores e baixo, bateria, texturas/processamento, strings
Brian Eno – programação de bateria, vocoder, vocais de fundo, teclados, percussão, efeitos vocais, celesta, trompas, “robot rhythm guitar”
Thomas Bartlett – Mellotron, piano
Joey Waronker – tom e caixa (bateria)
Alex Epton – programação de bateria, programação de coral, sintetizador, baixo, percussão
Jack Peñate – teclados, vocais de apoio, texturas, bateria, baixo, shaker
Happa – programação eletrônica e de bateria, sintetizador solo
Jaakko Savolainen – guitarra, baixo, sintetizador, teclados
Isaiah Barr – saxofone
Jamie Edwards – samples de cítara
Nathan Jenkins – gaita solo e vocais
Ben Reed – baixo ao vivo
Magnus Bang Olsen – piano
Jam City – sintetizador, guitarra, bateria
Koreless – bateria
Ben Anderson – chimbal
Joe Williams – harpa
Mauro Refosco – percussão
Ariel Rechtshaid – flexatone
Airhead – bateria
MMPH – arranjo orquestral principal e sons
Brian Wolfe – bateria
Sampha – piano
Ethan P. Flynn – sintetizador na seção “middle 8”

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