David Bowie - Never Let Me Down

Never Let Me Down

17º álbum de estúdio​

Fase

O Pierrot Pós-Moderno (1980–1987)

5.5

Nota média
de sites de crítica

Quando o excesso sufoca a genialidade

Never Let Me Down é o retrato de um artista em conflito com sua própria grandiosidade. Bowie tenta retornar ao rock com letras sociais e arranjos grandiosos, mas se perde em uma produção exagerada e datada. O álbum soa como um musical de arena dos anos 80, com sintetizadores estridentes e batidas artificiais.

Apesar disso, há momentos de brilho, como “Time Will Crawl” e a faixa-título, que revelam a sensibilidade de Bowie. No entanto, o excesso de elementos e a falta de coesão tornam o álbum um dos pontos baixos de sua discografia. Anos depois, Bowie reconheceu as falhas e chegou a remixar algumas faixas, tentando resgatar o potencial perdido.

Destaques

3 – Never Let Me Down
2 – Time Will Crawl
1 – Day-In Day-Out

Menos ouvidas

7 – Shining Star (Makin’ My Love)
9 – ’87 and Cry

Fatos interessantes

• “Never Let Me Down” foi o último álbum solo de Bowie nos anos 80 antes de formar a banda Tin Machine em 1989.

• A turnê Glass Spider, que promoveu o álbum, foi a mais teatral da carreira de Bowie, mas recebeu críticas negativas.

• A faixa “Too Dizzy” foi removida de relançamentos posteriores por ser considerada insatisfatória por Bowie.

• Em 2018, o álbum foi regravado e remixado, resultando em “Never Let Me Down 2018”, com arranjos mais orgânicos.

• A música “Shining Star (Makin’ My Love)” conta com uma participação inusitada do ator Mickey Rourke em um rap intermediário.

• Apesar das críticas, o álbum alcançou o top 10 no Reino Unido e foi certificado como Disco de Ouro nos EUA.

• Bowie considerava a faixa-título uma das mais pessoais de sua carreira, dedicada à sua assistente de longa data, Coco Schwab.

• O álbum foi gravado em estúdios na Suíça e em Nova York entre setembro e novembro de 1986.

• A capa do álbum apresenta Bowie cercado por elementos visuais que representam as músicas do disco.

• “Never Let Me Down” foi o primeiro single de Bowie a ser lançado em CD.

Produção

David Bowie, David Richards

Mudança de line

Fim da longa colaboração entre Bowie e o guitarrista Carlos Alomar, que se afastou após críticas negativas ao álbum e à turnê Glass Spider. Bowie e Alomar só voltariam a trabalhar juntos em 1995, durante as sessões do álbum “Outside”.

Formação

David Bowie – vocais principais e de apoio; guitarra; teclado; Mellotron; sintetizador Moog; harmônica; pandeireta
Carlos Alomar – guitarra; sintetizador de guitarra; pandeireta; backing vocals
Erdal Kızılçay – teclado; bateria; baixo; trombeta; violinos; backing vocals
Peter Frampton – guitarra solo
Philippe Saisse – piano
Carmine Rojas – baixo
Stan Harrison – saxofone alto
Steve Elson – saxofone barítono
Lenny Pickett – saxofone tenor
Earl Gardner – fliscorne
Laurie Frink – trombeta
Errol “Crusher” Bennett – percussão
Sid McGinnis – guitarra solo em “Day-In Day-Out”, “Time Will Crawl” e “Bang Bang”

Músicos adicionais
Mickey Rourke – rap intermediário em “Shining Star (Makin’ My Love)”
Robin Clark – backing vocals
Lani Groves – backing vocals
Diva Gray – backing vocals
Gordon Grodie – backing vocals

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