Travis - The Boy with No Name

The Boy with No Name

5º álbum de estúdio​

Era

Introspecção e Reavaliação (2007–2008)

6.0

Nota média
de sites de crítica

Sonhos de pai em notas suaves

Fran Healy chega com “The Boy with No Name” num momento de transição pessoal — acaba de virar pai, tema que reverbera no disco. Com um toque de indie pop acolhedor, o álbum recupera o charme da fase “Invisible Band” sem buscar reinvenção. É como reencontrar um amigo de longa data que, apesar de familiar, conta novas histórias com leveza e melodia. A produção de Nigel Godrich confere um brilho profissional, sobretudo nas faixas iniciais: “Closer” e “Selfish Jean” embalados por arranjos delicados e letras que mesclam afeto paternal e introspecção amorosa.

O disco, contudo, desacelera lá pelo meio: músicas como “One Night” e “Out in Space” soam menos inspiradas, perdendo o frescor dos primeiros temas. Ainda assim, “My Eyes” resgata a ternura, misturando nostalgia e amor paternal com precisão. É um disco confortável — talvez nem tão ousado — mas repleto de momentos doces e memoráveis, embalado por sonoridade limpa e coração à mostra.

Destaques

2 – Selfish Jean
1 – 3 Times and You Lose
3 – Closer

Menos ouvidas

10 – Out in Space
9 – Under the Moonlight

Fatos interessantes

• O nome do álbum vem do apelido que Fran Healy deu ao filho recém-nascido, ainda sem nome, estampado em uma foto enviada por e‑mail.

• É o primeiro álbum do Travis com coautoria de outros membros além de Fran, mudando o fluxo criativo.

• A parceria com Nigel Godrich (Radiohead) retornou neste trabalho, marcando um retorno à produção polida.

• “Closer” atingiu o Top 10 no Reino Unido e foi destaque na trilha sonora de FIFA 08.

• “My Eyes” foi inspirada no filho de Healy e chega a expressar o orgulho e o amor paternal genuíno.

• O álbum vendeu mais de 440 mil cópias mundialmente e entrou no Top 5 do Reino Unido.

• O disco já foi relançado em vinil e CD remasterizados, incluindo edição em vinil dourado e gatefold.

• Cordas gravadas em estúdios de Londres dão profundidade clássica a algumas faixas.

• O álbum foi precedido do festival Coachella, onde fãs puderam adquiri-lo antes do lançamento oficial.

• Rolling Stone e Digital Spy destacaram a mistura de ternura emocional e produção refinada.

Produção

Travis, Steve Orchard, Nigel Godrich, Mike Hedges, George Tandero

Mudança de line

Sem mudanças significativas. A principal diferença está na ampliação da contribuição criativa: além de Fran Healy, outros membros passaram a colaborar na composição, alterando o processo que anteriormente era individual.

Formação

Fran Healy – voz, guitarra, harmônica, piano
Andy Dunlop – guitarra
Dougie Payne – baixo elétrico, vocais de apoio
Neil Primrose – bateria

Músicos adicionais
Julia Stone – vocais de apoio (faixa 5)
KT Tunstall – vocais de apoio (faixa 9)
Manon Morris – harpa (faixa 11)
Sarah Clarke – clarinete (faixa 12)
Joby Talbot – arranjo de cordas (faixa 2)
Vários violinistas, violoncelistas e violistas – cordas (faixa 2–7)

Se gostou, também vai gostar de...

Lifehouse - Live Session EP
Ao Vivo

Lifehouse – Live Session EP

Quatro faixas acústicas ao vivo mostrando o lado mais íntimo e orgânico do Lifehouse, com hits e baladas puras e emocionantes.

Turnstile - Never Enough
Hardcore punk

Turnstile – Never Enough

Turnstile mistura hardcore com pop e jazz em “Never Enough”, criando um álbum ousado que redefine os limites do gênero.

Duran Duran - Medazzaland
Electronica

Duran Duran – Medazzaland

Duran Duran hackeando o próprio som: synths frios, clima cyberpunk e pop alternativo esquisito, mas intrigante. A saída do baixista John Taylor marcou. Um bug fascinante nos anos 90!

Outros álbuns do mesmo ano

Shaman - Immortal
Metal progressivo

Shaman – Immortal

Com nova formação, incluindo Thiago Bianchi nos vocais, “Immortal” traz o Shaman renovado, mesclando power metal e elementos progressivos com frescor e identidade própria.

Behemoth - The Apostasy
Blackened death metal

Behemoth – The Apostasy

Fusão audaciosa do Behemoth entre brutalidade técnica e elementos sinfônicos, elevando o blackened death metal a novos patamares.