Tim Maia - Nuvens

Nuvens

14º álbum de estúdio​

Fase

Independente e Pagode Funk (1982–1996)

9.2

Nota média
de sites de crítica

Tim Maia em 1982: Funk, Melancolia e Uma Festa Que Poucos Foram

Nuvens (1982) é aquele disco que passou meio batido, mas que, na real, marca o último suspiro do Tim Maia no auge da sua potência criativa. Sem grana e sem moral com as gravadoras, ele lançou o álbum de forma independente, mas a qualidade segue intacta: grooves bem azeitados, um funk suingado e até um toque de melancolia nas baladas.

Tem faixa ambientalista (Ar Puro), nostalgia de juventude (Hadock Lobo esquina com Matoso) e um cover sofisticado de Na Rua, na Chuva, na Fazenda. O groove de A Festa não perde para os clássicos da época, e a parceria com Cassiano na faixa-título só reforça que esse disco merecia mais holofotes. Se Tim ainda não sabia o que fazer com a década de 80, pelo menos aqui, ele entregou um trabalho coeso e inspiradíssimo.

Destaques

11. Casinha de Sapê
7. Deixar as Coisas Tristes Pra Depois
8. Ninguém Gosta de Se Sentir Só

Menos ouvidas

10. O Trem (2a Parte)
5. A Festa

Fatos interessantes

• Após desentendimentos com grandes gravadoras, Tim Maia lançou Nuvens em 1982 por meio de seu próprio selo, a Seroma, nome derivado de suas iniciais (Sebastião Rodrigues Maia).

• As primeiras 5 mil cópias foram entregues em seu apartamento e levados até as lojas por ele e alguns conhecidos.

• Embora não tenha alcançado grande sucesso comercial devido à distribuição limitada, o álbum é considerado uma obra-prima da música popular brasileira, destacando-se na discografia de Tim Maia.

• Para financiar o álbum, Tim lançou previamente um compacto com as músicas “Amiga” e “Do Leme ao Pontal”. Surpreendentemente, “Do Leme ao Pontal” tornou-se um grande sucesso, ajudando a custear a produção de Nuvens.

• Nuvens apresenta colaborações com artistas renomados, como Cassiano, coautor da faixa-título, e Hyldon, que toca violão em “Na Rua, na Chuva, na Fazenda (Casinha de Sapê)”.

• A música de fechamento, Sol Brilhante, tem a introdução, o riff principal e alinha vocal bem parecidos com Genius Of Love do Tom Tom Club (banda da baixista Tina Weymouth e do baterista Chris Frantz, ambos membros do Talking Heads), lançada um ano antes.

Produção

Tim Maia

Mudança de line

Sem informações

Formação

Tim Maia, violão, tumbadora, bongô, timbales, percussão, vocal e baixo em “Sol Brilhante”.

Luiz Carlos, bateria e vocal.
Rubens Sabino, baixo, violão e guitarra em “Sol Brilhante”.
Pedro Carlos Fernandes, piano acústico, piano elétrico, arp string, violão e guitarra em “Deixar as Coisas Tristes pra Depois”.
Beto Cajueiro, guitarra.
Paulo, trompete.
Marcelo, saxofone.
Simões, trombone.
Cassiano, violão em “Nuvens”.
Hyldon, violão em “Casinha de Sapê”, guitarra em “Ninguém Gosta de se Sentir Só” e vocal em “Sol Brilhante”.
João Batista (Tinho), sax em “O Trem” e vocal.
Cidinho, bongô e percussão em “Ar Puro”.
Paulinho Ovelha, vocal em “Nuvens”.
Celso Tavares, vocal.
Vocal, palmas e alegrias em “A Festa”, Celso Tavares, Mauro, Amilton, Camarão, Penha, Wanda, Márcia e Marta.

Se gostou, também vai gostar de...

Caetano Veloso - Caetano Veloso (1971)
Folk psicodélico

Caetano Veloso – Caetano Veloso (1971)

Álbum introspectivo gravado no exílio, com letras em inglês e arranjos minimalistas que expressam a saudade e a solidão de Caetano Veloso.

Outros álbuns do mesmo ano

The Clash - Combat Rock
New Wave

The Clash – Combat Rock

Combat Rock mistura punk, new wave e reggae, com hinos como “Should I Stay or Should I Go”, mantendo a rebeldia, mas mais acessível e dançante.

Caetano Veloso - Cores
MPB

Caetano Veloso – Cores, Nomes

Caetano Veloso entrega um álbum introspectivo e sofisticado, mesclando MPB com influências afro-brasileiras em composições líricas e emocionantes.

Rush - Signals
Rock progressivo

Rush – Signals

“Signals” marca a transição do Rush para o som dos anos 80, incorporando sintetizadores e explorando temas urbanos e tecnológicos.​