The Smiths - The Smiths

The Smiths

1º álbum de estúdio​

Fase

Ascensão Melancólica (1984-1985)

8.9

Nota média
de sites de crítica

O diário existencialista dos anos 80

O primeiro álbum do The Smiths é como um diário existencialista de um jovem melancólico dos anos 80 que descobriu a poesia e a ironia ao mesmo tempo. Morrissey já chega com seu vocal de crooner depressivo, chorando as dores de amores não correspondidos e da alienação cotidiana, enquanto Johnny Marr enche tudo com guitarras brilhantes e jangle pop cheio de camadas.

O som aqui ainda não tem o refinamento de The Queen Is Dead, mas já traz aquele clima meio cinematográfico de quem anda pela chuva pensando na futilidade da vida. As letras são um desfile de desilusões, sarcasmo e um toque de dramatização teatral que só Moz poderia fazer soar tão convincente. Se The Smiths fosse uma série, esse disco seria o piloto promissor: um pouco cru, mas já mostrando o potencial de um clássico cult.

Destaques

6. This Charming Man
4. Pretty Girls Make Graves
9. What Difference Does It Make?

Menos ouvidas

3. Miserable Lie
5. The Hand That Rocks the Cradle

Fatos interessantes

• Inicialmente produzido por Troy Tate, o álbum foi regravado por John Porter após a banda considerar a produção original insatisfatória. ​

• A capa apresenta uma fotografia de Joe Dallesandro, retirada do filme “Flesh” de Andy Warhol, refletindo o interesse de Morrissey por figuras do cinema e cultura pop.

• Lançado em 20 de fevereiro de 1984, o álbum alcançou a segunda posição na parada de álbuns do Reino Unido e permaneceu nas paradas por 33 semanas, estabelecendo a banda na cena musical britânica dos anos 1980. ​

• A faixa “Suffer Little Children” aborda os assassinatos de Moors, uma série de crimes ocorridos em Manchester nos anos 1960, gerando controvérsia na época do lançamento. ​

• As músicas, todas escritas por Morrissey, exploram temas de rejeição, perda e desilusão, diferenciando-se das tendências musicais predominantes na Inglaterra da primeira metade dos anos 1980. ​

• Em 1989, a Rolling Stone classificou o álbum na 22ª posição dos 100 melhores álbuns da década de 1980, e em 2012, ocupou a 473ª posição na lista dos 500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos da mesma revista.

Produção

John Porter

Mudança de line

Primeira formação

Formação

Morrissey – vocais
Johnny Marr – guitarras, gaita
Andy Rourke – baixo
Mike Joyce – bateria, tamborim (“Hand in Glove”)

Paul Carrack – piano, órgão (“Reel Around the Fountain”, “You’ve Got Everything Now” e “I Don’t Owe You Anything”)
Annalisa Jablonska – voz feminina (“Pretty Girls Make Graves” e “Suffer Little Children”)

Se gostou, também vai gostar de...

Coldplay - Everyday Life
Art pop

Coldplay – Everyday Life

Álbum duplo ambicioso: mistura de folk, art pop e ritmos globais, com letras políticas e som experimental que foge dos hits tradicionais.

Morrissey - Southpaw Grammar
Art rock

Morrissey – Southpaw Grammar

Morrissey desafia convenções com arranjos ousados e letras afiadas, criando um álbum que mistura art rock e sarcasmo britânico.

Audioslave - Audioslave
Hard rock

Audioslave – Audioslave

Fusão de grunge e hard rock, o álbum de estreia do Audioslave apresenta riffs marcantes e vocais intensos, marcando uma nova era para seus membros.

Outros álbuns do mesmo ano

Bruce Springsteen - Born in the U.S.A.
Heartland rock

Bruce Springsteen – Born in the U.S.A.

Um rock pulsante, hinos da classe trabalhadora e sintetizadores oitentistas: Born in the U.S.A. fez de Springsteen um ícone e se tornou seu álbum mais vendido de todos os tempos.

Toto - Isolation
Arena rock

Toto – Isolation

AOR técnico e elegante com vocais múltiplos e arranjos orquestrais; menos hit, mais virtuosismo de uma banda em transição.

Caetano Veloso - Velô
MPB

Caetano Veloso – Velô

Caetano mistura MPB e pop rock em “Velô”, com críticas sociais afiadas e arranjos modernos, marcando sua reinvenção nos anos 80.