The Smiths - The Queen Is Dead

The Queen Is Dead

3º álbum de estúdio​

Era

Consagração (1986)

9.4

Nota média
de sites de crítica

A Rainha Morreu, Viva o Sarcasmo!

Se existe um disco que captura o espírito da ironia britânica como ninguém, é The Queen Is Dead dos Smiths. Aqui, Morrissey se esbalda na autopiedade e no sarcasmo, enquanto Johnny Marr empilha riffs tão marcantes que poderiam ser considerados patrimônio cultural.

A combinação de letras mordazes sobre a decadência social e amores fracassados com guitarras jangle pop afiadas cria um contraste irresistível – tipo um filme de comédia trágica embalado por solos brilhantes. “There Is a Light That Never Goes Out” é um hino de melodrama juvenil, enquanto “Bigmouth Strikes Again” soa como se fosse um primo acelerado de “How Soon Is Now?”. No geral, é o Smiths no seu melhor: soturno, engraçado e absurdamente pegajoso.

Destaques

9. There Is A Light That Never Goes Out
6. Bigmouth Strikes Again
3. I Know It’s Over

Menos ouvidas

8. Vicar in a Tutu
4. Never Had No One Ever

Fatos interessantes

• O nome do álbum foi inspirado no romance “Last Exit to Brooklyn” (1964), de Hubert Selby Jr., refletindo a ousadia característica dos Smiths.

• A arte do disco apresenta Alain Delon no filme francês “L’Insoumis” (1964), adicionando um toque de sofisticação visual ao projeto.

• Durante a turnê pelo Reino Unido em 1985, Johnny Marr compôs várias músicas, incluindo “The Boy with the Thorn in His Side”, que nasceu de uma melodia criada durante essa época.

• O álbum foi gravado em diversos estúdios, como Jacob (Farnham, Surrey), RAK (Londres) e Drone (Manchester), contribuindo para sua sonoridade única.

• Johnny Marr se inspirou em bandas como The Stooges e The Velvet Underground ao compor as faixas, trazendo elementos do garage rock ao som dos Smiths.

• Kirsty MacColl forneceu vocais de apoio para “Bigmouth Strikes Again”, embora sua contribuição tenha sido substituída por efeitos vocais de Morrissey na mixagem final.

• O álbum alcançou a 2ª posição nas paradas do Reino Unido, permanecendo por 22 semanas, e foi incluído em várias listas dos maiores álbuns de todos os tempos.

• “Cemetry Gates” aborda críticas sobre o uso de textos literários, com referências a autores como Oscar Wilde, destacando a profundidade lírica da banda.

• Em “The Queen Is Dead”, a introdução utiliza um sample do filme britânico “The L-Shaped Room” (1962), mostrando a disposição da banda em explorar diferentes texturas sonoras.

• Em 2020, a Rolling Stone classificou o álbum como o 113º melhor de todos os tempos, solidificando sua influência na música contemporânea.

Produção

Morrissey, Johnny Marr

Mudança de line

Nenhuma alteração

Formação

Morrissey – vocais principais, vocais de apoio (“Bigmouth Strikes Again”; creditado como Ann Coates)
Johnny Marr – guitarras, sampler (creditado como The Hated Salford Ensemble), marimba (“The Boy with the Thorn in His Side”), orquestração
Andy Rourke – baixo
Mike Joyce – bateria

Se gostou, também vai gostar de...

The Cure - The Top
Pós-punk

The Cure – The Top

Uma viagem psicodélica de post‑punk e new wave — Robert Smith soa solitário, intenso e experimental no álbum mais caótico (e mais pessoal) dos Cure.

Depeche Mode - Black Celebration
Pós-punk

Depeche Mode – Black Celebration

Encerrando a “Trilogia de Berlim”, este álbum mergulha em sons industriais e letras sombrias, redefinindo o synth-pop da banda.

Talking Heads - Fear of Music
New Wave

Talking Heads – Fear of Music

Um mergulho sonoro em paranoias urbanas, com ritmos africanos, letras absurdistas e a produção visionária de Brian Eno.

Outros álbuns do mesmo ano

Bon Jovi - Slippery When Wet
Glam metal

Bon Jovi – Slippery When Wet

Hard rock radiofônico com laquê, riffs grudentos e hinos sobre juventude, rebeldia e o sonho americano em estéreo. Obra-prima do Bon Jovi no auge.

Talking Heads - True Stories
New Wave

Talking Heads – True Stories

Um álbum que mistura rock, country e pop para narrar as peculiaridades da vida americana, com a assinatura única dos Talking Heads.

Ozzy Osbourne - The Ultimate Sin
Glam metal

Ozzy Osbourne – The Ultimate Sin

Riffs metálicos e produção glam: Ozzy entrega crítica ácida e temas apocalípticos num álbum refinado, mas fiel à sua essência.