“Sandinista!” é o tipo de álbum que você escuta e pensa: “Isso é genial ou uma bagunça maravilhosa?” Com seus 36 faixas, o álbum triplo, trabalho mais experimental do The Clash é um prato cheio para quem gosta de uma boa viagem sonora. Uma mistura de punk, reggae, dub, jazz, e até música latina, tudo sem se importar muito com regras.
A banda, em plena fase revolucionária, mergulha fundo no clima político e social de 1980, algo entre a estética de “London Calling” e a liberdade de uma jam session de 3 horas. Se você achava que só o Sex Pistols dava o tom, The Clash mostra que sua revolução vai muito além. Cada faixa é um pedaço de caos controlado, mais desafiador do que confortável, mas com aquele poder sujo e energético. Pense em “Exodus” do Bob Marley encontrando o “London Calling” em uma festa maluca.
1. The Magnificent Seven
19. Police On My Back
26. Charlie Don’t Surf
36. Shepherds Delight
34. Version Pardner
• Em 1980, o The Clash desafiou a gravadora ao lançar um álbum triplo, “Sandinista!”, vendendo-o pelo preço de um disco simples. Para viabilizar isso, a banda abriu mão de royalties das primeiras 200.000 cópias vendidas no Reino Unido.
• O álbum é uma verdadeira mistura musical, incorporando punk, reggae, dub, jazz, funk, rockabilly, rhythm and blues, calypso e até rap, antecipando tendências da world music nos anos 1980.
• O título “Sandinista!” faz referência à Frente Sandinista de Libertação Nacional, que liderou uma revolução socialista na Nicarágua, refletindo o engajamento político da banda.
• Gravado ao longo de 1980, o álbum teve sessões em Londres, Manchester, Jamaica e Nova York, com produção de Mikey Dread em colaboração com a banda.
• O álbum contou com diversas colaborações, incluindo a cantora Ellen Foley, o guitarrista Ivan Julian e o violinista Tymon Dogg, amigo de longa data de Joe Strummer.
• Pela primeira vez, os créditos de composição foram atribuídos ao The Clash como um todo, em vez de individualmente a Joe Strummer e Mick Jones.
• A fotografia da capa foi tirada por Pennie Smith na Camley Street, atrás da estação ferroviária de St Pancras, em Londres.
• Faixa “Charlie Don’t Surf”: Inspirada no filme “Apocalypse Now”, a música aborda a perspectiva de um soldado vietcongue, destacando a crítica à política imperialista americana na Ásia.
• O álbum foi bem recebido pela crítica, sendo comparado ao “White Album” dos Beatles, embora não tenha alcançado grande sucesso comercial devido ao seu formato e conteúdo experimental.
Joe Strummer – vocais principais e de apoio, guitarra, teclados
Mick Jones – guitarra, teclados, vocais principais e de apoio
Paul Simonon – baixo, vocais de apoio, vocais principais em “The Crooked Beat”
Topper Headon – bateria, vocais principais em “Ivan Meets G.I. Joe” e vocais de apoio em “The Sound of Sinners”
+ 26 músicos de estúdio