Ao Vivo, Sunshine pop

Live Sunshine 1967

7.3

Nota média
de sites de crítica

Magia ao vivo (e sobra de café e suor)

“1967 – Live Sunshine” é como abrir um diário sonoro perdido: você ouve os Beach Boys longe do estúdio, revelando versões ásperas, vulneráveis e com personalidade própria. Imagina os hits “God Only Knows”, “Heroes and Villains” e “Good Vibrations” saindo com o brilho filtrado por suor de palco e vibração de órgão Baldwin — nada de produção polida, é música crua, quase respirante — particularmente nas sessões em Hawaii, onde Brian surge presencial e nervoso, reavivando seu brilho ao vivo depois de anos.

Há uma tensão melancólica presente, como se a banda estivesse caminhando na corda bamba do sucesso pós-Pet Sounds, sentindo tanto o peso da expectativa quanto a magia do coletivo. O álbum soa menos “festival” e mais “ensaio íntimo”, às vezes bagunçado, mas sempre genuíno — quase como poesia pop cantada com os olhos nos próximos passos incertos.

Local

Honolulu International Center Arena, Hawaii (25–26 agosto 1967), com cenas complementares de Detroit, Washington D.C., White Plains, Pittsburgh e Boston.

Turnê

Parte da série de shows pós-Smiley Smile/Wild Honey, e da tentativa abortada de lançar Lei’d in Hawaii.

Destaques

3 – Good Vibrations (Hawaii rehearsal)
1 – Heroes and Villains (Hawaii rehearsal)
2 – God Only Knows (Hawaii rehearsal)

Menos ouvidas

12 – The Letter (Take 2) 11 – All Day All Night

Fatos interessantes

• Contém 109 faixas ao vivo, incluindo ensaios e shows de diferentes cidades.

• Inclui trechos dos shows na HIC Arena, parte do abortado album Lei’d in Hawaii.

• Brian Wilson retorna aos palcos após dois anos, tocando órgão Baldwin.

• As performances de Hawaii chegaram a ser consideradas “demasiadamente cruas” pela banda, motivo de terem sido deixadas de lado originalmente.

• Inclui versões inusitadas de hits como “Heroes and Villains” e “God Only Knows”.

• Lançado digitalmente em 8 de dezembro de 2017 junto com Sunshine Tomorrow 2.

• Lançamento serve também para assegurar direitos autorais das gravações na Europa – que caem em domínio público após 50 anos.

• O álbum descarta efeitos do estúdio em favor de uma estética lo-fi e crua.

• Show de Detroit, Pittsburgh e Boston também aparecem no álbum.

• Segundo críticos, a banda soa “profundamente vulnerável, revelador e comovente”.

Formação

Vocalistas – Brian Wilson, Mike Love, Al Jardine, Carl Wilson, Dennis Wilson
Guitarristas – Carl Wilson, Al Jardine
Baixista – Bruce Johnston (touring member atuando no baixo no período) e Ron Brown (em tour); no álbum especificamente, base nos shows: Ron Brown
Tecladistas – Brian Wilson (órgão Baldwin)
Baterista/Percussão – Dennis Wilson, Ron Brown (também percussão)

Músicos adicionais
Daryl Dragon – teclado/vibrafone/percussão
Ed Carter – baixo, guitarra, percussão