O disco traz Sting em sua versão mais direta e visceral, como se tivesse decidido “amainar os efeitos e afinar o nervo” da banda original. Um trio sem firulas, no qual cada nota do baixo e da guitarra ressoa com urgência e autenticidade. O canto de Sting, já marcado pelo tempo e pela experiência, ganha uma textura terna e áspera, como um vinho envelhecido que perdeu a doçura, mas ganhou profundidade.

É reconfortante ouvir “Roxanne” e “Be Still My Beating Heart” costuradas como se fossem irmãs meio perdidas entre clássicos da carreira solo e heranças do Police. Com arranjos que deixam brilhar cada instrumento, o álbum se move entre nostalgia e reinvenção—como ouvir velhos amigos conversando com uma nova entrega. Este é Sting despido dos adereços, mostrando que menos pode ecoar mais.

Sting – voz, baixo
Dominic Miller – guitarra
Chris Maas – bateria