Sam Cooke - Ain't That Good News

Ain't That Good News

11º álbum de estúdio​

Fase

Voz da Mudança (1964)

9.0

Nota média
de sites de crítica

O adeus que virou legado

Este álbum é uma despedida em forma de celebração e manifesto. O lado A vibra com energia festiva, de “Good Times” à contagiante faixa-título, mostrando Cooke no auge da sua leveza e charme. Já o lado B muda o tom: surgem baladas introspectivas e grandiosas, conduzidas por orquestra e arranjos corais que ressaltam sua voz arrebatadora.

O ponto culminante é “A Change Is Gonna Come”, uma canção que transcende a música pop e se torna símbolo da luta pelos direitos civis, marcada por emoção crua e um peso histórico inigualável. É como se o álbum fosse uma festa que, ao cair a noite, revelasse a melancolia e a esperança de uma geração.

Destaques

7 – A Change Is Gonna Come
5 – Another Saturday Night
3 – Good Times

Menos ouvidas

12 – The Riddle Song
10 – Sittin’ In The Sun

Fatos interessantes

• Último álbum de estúdio lançado em vida por Sam Cooke, meses antes de sua morte em 1964.

• “A Change Is Gonna Come” virou hino do movimento dos direitos civis nos EUA.

• A faixa-título é uma adaptação de um gospel tradicional, transformada em R&B animado.

• O disco mistura faixas leves de celebração com baladas emocionais orquestradas.

• “Another Saturday Night” já era um sucesso antes mesmo do lançamento do álbum.

• O álbum reflete também a dor pessoal de Cooke pela perda de seu filho Vincent.

• Contou com um grande elenco de músicos de estúdio de Los Angeles e Nova Orleans.

• Foi o primeiro álbum após um contrato que lhe deu maior controle criativo sobre sua música.

• É considerado um dos discos mais importantes da história do soul, inspirando gerações futuras.

Produção

Hugo Peretti, Luigi Creatore (Hugo & Luigi)

Mudança de line

Sam Cooke não trabalhava com uma banda fixa de estúdio, mas sim com músicos contratados para cada gravação. Por isso, não houve mudanças de “integrantes” entre este álbum e o anterior. A principal diferença foi o uso de arranjos mais orquestrais e corais, refletindo sua nova fase artística e sua maior liberdade criativa com a RCA.

Formação

Sam Cooke – voz principal

Músicos adicionais
Norman Bartold, LeRoy Crume, Barney Kessel, John Pisano, Allan Reuss, Howard Roberts, Clifton White – guitarra
Peter Badie, Buddy Clark, Clifford Hils, Ray Pohlman, Eddie Tilman – baixo
Joseph Gibbons – banjo
Harold Battiste, Ray Johnson, Lincoln Mayorga – piano
Hal Blaine, John Boudreaux, Edward Hall, Earl Palmer – bateria
Linwood Mitchell, Emil Richards – percussão
Jewell Grant, William Green, Plas Johnson, Edgar Redmond, Red Tyler – saxofone
William Hinshaw – french horn
Israel Baker, Robert Barene, Arnold Belnick, John DeVoogdt, Harry Hyams, William Kurasch, Irving Lipschultz, Leonard Malarsky, Alexander Neiman, Jack Pepper, Ralph Schaeffer, Sid Sharp, Darrell Terwilliger, Tibor Zeli – violino & viola
Jesse Ehrlich, Emmet Sargeant – cello
John Anderson, Melvin Lastie – trompete
Milt Bernhart, Harry Betts, Louis Blackburn, Streamline Ewing, John Halliburton, Ernest Tack, David Wells – trombone
Jimmy Bryant, Gwenn Johnson, Carol Lombard, The Soul Stirrers, Robert Tebow, George Tipton, Jackie Ward – vocais de apoio

Se gostou, também vai gostar de...

Tim Maia - Nuvens
MPB

Tim Maia – Nuvens

Tim Maia em alta voltagem: funk suingado, groove impecável, melancolia afiada e um soul refinado que merecia mais holofotes.

Sam Cooke - Shake
R&B

Sam Cooke – Shake

R&B e soul vibrantes num álbum póstumo que mescla energia (“Shake”) com profundidade (“A Change Is Gonna Come”), legado e emoção crua.

Outros álbuns do mesmo ano

The Beach Boys - All Summer Long
California sound

The Beach Boys – All Summer Long

Coeso e ensolarado, o álbum une surf rock e pop refinado, com harmonias típicas dos Beach Boys e clima autobiográfico californiano.

Elvis Presley - Roustabout
Pop

Elvis Presley – Roustabout

Pop-rock leve e teatral, é a trilha vibrante de um Elvis circense, divertida e rápida, sem grandes ousadias, mas cheia de charme.