Kiss - Dynasty

Dynasty

7º álbum de estúdio​

Fase

Disco‑Pop e Transição (1979–1980)

6.5

Nota média
de sites de crítica

Quando o rock foi dançar

Dynasty é como ver o Kiss colocando uma gravata de lantejoulas sobre o seu clássico visual de guerra: o guitarras rugem, mas de sapatos de paetê. É um mergulho no pop/disco sem perder totalmente o DNA da banda, especialmente em “I Was Made for Lovin’ You”, que fica na batida dançante enquanto ainda ostenta guitarras afiadas.

A produção de Poncia clareou — ou poliu — o som, deixando o peso nas sombras, mas trouxe brilho pop e hooks certeiros. A participação de Ace Frehley como vocalista e instrumentista em três faixas adiciona uma pitada diferenciada, quase como um solo no meio da pista de dança, que dá ao álbum um sabor inesperado. É um disco de transição que flerta com a era disco, mas com o olhar de quem ainda sabe arrasar com os amplificadores.

Destaques

1 – I Was Made for Lovin’ You
3 – Sure Know Something
5 – Charisma

Menos ouvidas

8 – X-Ray Eyes
7 – Hard Times

Fatos interessantes

• Foi o último álbum com envolvimento significativo de Peter Criss até 1998.

• A produção polida dividiu opiniões, com críticas pela perda da crueza clássica.

• “I Was Made for Lovin’ You” virou um hit global pop-disco, chegando ao Top 10 em vários países.

• Ace Frehley lidera vocal e arregimenta todo o instrumental em três faixas — algo raro na história da banda.

• A turnê “Return of Kiss” teve público abaixo do esperado, consequência da mudança de estilo.

• A capa combina os rostos maquiados dos integrantes, cada um com cores dos álbuns solo de 1978.

• A apatia comercial da turnê e reta final com Criss saindo sinalizaram o fim do Kiss “original”.

• “Sure Know Something” é considerada uma das poucas faixas bem-sucedidas fora do estilo disco puro.

• A fusão de gêneros resultou num dos álbuns mais polarizadores da banda.

Produção

Vini Poncia

Mudança de line

A maior mudança envolve o baterista Peter Criss, que participou quase nada das sessões, sendo substituído nas gravações pela presença constante do músico de estúdio Anton Fig. Isso ocorreu porque o estado técnico de Criss estava comprometido e resultou no fim de sua participação até Psycho Circus (1998).

Formação

Paul Stanley – vocais, guitarra rítmica (
) Gene Simmons – vocais, baixo (
) Ace Frehley – vocais, guitarra principal (
) Peter Criss – vocais, bateria (apenas em “Dirty Livin’”)

Músicos adicionais
Anton Fig – bateria (exceto “Dirty Livin’”)
Vini Poncia – teclados, percussão, backing vocals

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