Igorrr - Amen

Amen

5º álbum de estúdio​

Era

Intensificação Sombria & Experimentação Limítrofe (2025–presente)

8.4

Nota média
de sites de crítica

O barroco encontra o abismo

Amen soa como um apocalipse barroco em estéreo: um templo em ruínas onde coros, blast beats e instrumentos clássicos duelam sob o mesmo teto. A cada faixa, o álbum alterna entre brutalidade esmagadora e beleza melódica, sem nunca dar espaço para neutralidade. É como se o metal extremo decidisse dançar uma valsa com Bach em plena tempestade elétrica.

A produção reflete uma obsessão por detalhes, explorando desde vozes operísticas em clima litúrgico até ruídos industriais e batidas que lembram máquinas em colapso. Se os álbuns anteriores já eram ousados, este mergulha ainda mais fundo no caos, mas com uma solenidade quase religiosa. É menos piada, mais ritual: Igorrr transformou o absurdo em uma missa obscura.

Destaques

4 – Blastbeat Falafel
5 – ADHD
8 – Infestis

Menos ouvidas

11 – Étude n°120
12 – Silence

Fatos interessantes

• Foi o primeiro álbum de Igorrr a contar com um coro real gravado em uma igreja para captar a reverberação natural.

• Um piano foi literalmente tocado com uma escavadora na faixa “Headbutt”.

• A faixa “Pure Disproportionate Black and White Nihilism” usou bigornas de ferreiro como percussão.

• A colaboração com Scott Ian trouxe uma camada de thrash inesperada em meio ao caos.

• Lili Refrain emprestou vocais em duas faixas, dando um tom ritualístico ao álbum.

• Timba Harris gravou partes de violino que soam como cordas de uma orquestra possuída.

• Trey Spruance, do Mr. Bungle, acrescentou guitarras experimentais em uma faixa.

• O álbum é considerado o mais sombrio e intenso da carreira de Igorrr até o momento.

• O conceito central gira em torno de rituais, ruínas e espiritualidade distorcida.

• O título Amen remete tanto à religião quanto à ideia de fechamento e fim.

Produção

Very Noise Family

Mudança de line

Comparado ao álbum anterior, saiu a vocalista Laure Le Prunenec, cuja voz lírica marcava presença fundamental, e entrou Marthe Alexandre como nova mezzo-soprano. O baterista também mudou, com a entrada de Rémi Sérafino no lugar de Sylvain Bouvier. Essas trocas tornaram o som mais sombrio e ritualístico, com menos leveza lírica e mais peso dramático.

Formação

Gautier Serre – sampler, instrumentação, produção
JB Le Bail – vocais (harsh)
Marthe Alexandre – vocais (mezzo-soprano)
Rémi Sérafino – bateria
Martyn Clément – guitarra elétrica

Músicos adicionais
Mike Leon – baixo elétrico
Timba Harris – violino (faixas 1,4,5,9)
Lili Refrain – vocais principais (faixas 3,9)
Trey Spruance – guitarra elétrica (faixa 4)
Scott Ian – guitarra elétrica (faixa 7)
Adrian Baxter – arte visual (capa)

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