Engenheiros do Hawaii - Surfando Karmas & DNA

Surfando Karmas & DNA

10º álbum de estúdio​

Fase

Maturidade Eclética (1999–2003)

5.8

Nota média
de sites de crítica

Nostalgia elétrica dos Engenheiros

O décimo álbum dos Engenheiros é uma “onda nostálgica” eletrificada: Gessinger retoma as guitarras depois de anos, trazendo um som mais cru, direto e com pits punk-pop. A faixa-título “Surfando Karmas & DNA” parece uma daquelas trilhas sonoras de manhã na praia, mas com letra provocadora e sotaque literário. Com “3ª do Plural” e “Esportes Radicais”, o disco balança entre a crítica social e o pop radiofônico, lembrando o vigor de “Longe Demais das Capitais”, porém modernizado.

A produção evita excessos: seis meses em múltiplos estúdios geram uma sonoridade polida, mas sem estufar — o que ressalta o peso natural da guitarra. Os arranjos curtos e cortes cirúrgicos criam um disco bonito por simetria, quase um EP expandido, do qual sobram energia e técnica, menos doçura do que de praxe, mas com uma pegada reflexiva que casa bem com o DNA da banda.

Destaques

2 – 3ª Do Plural
3 – Pra Ficar Legal
6 – Nem + 1 Dia

Menos ouvidas

10 – Datas e Nomes
11 – Arame Farpado

Fatos interessantes

• O álbum levou cerca de seis meses para ser gravado em vários estúdios, intercalados com shows da turnê de 10.001 Destinos.

• “3ª do Plural” foi composta em 1994, mas só gravada em 2001, revelando composições arquivadas que germinaram aqui.

• “e‑Stória” tem letra revisitada por Humberto e Carlos Maltz por e‑mail, sendo uma das primeiras composições da banda de 1985.

• Humberto assumiu novamente a guitarra principal, função que não exercia desde “Longe Demais das Capitais” (1986).

• “Nunca Mais” é versão adaptada de “Lullaby” de Shawn Mullins, gravada inicialmente para o álbum anterior.

• Participação de Renato Borghetti na harmônica em “e‑Stória” traz influência regional à sonoridade.

• Crítica da Scream & Yell deu nota 7.5, elogiando a recepção do público jovem, mas apontando pouca inovação sonora.

• Folha de S.Paulo criticou a falta de novidade (1/5), mas destacou a apurada técnica da banda.

• A recepção ao vivo de “Surfando Karmas & DNA” foi positiva nas turnês, agradando especialmente aos fãs mais antigos.

• Marca o início de uma fase mais pesada e direta, que se extende no disco seguinte, “Dançando no Campo Minado”.

Produção

Engenheiros do Hawaii

Mudança de line

Saída de Luciano Granja, Adal Fonseca e Lucio Dorfman, que integravam a formação ao vivo e de estúdio. Entraram Paulinho Galvão (guitarra), Bernardo Fonseca (baixo) e Gláucio Ayala (bateria), com Gessinger retornando ao violão/guitarra. A mudança foi motivada por desejo de renovar o som: mais limpo, mais pesado, e uma nova fase após turnê acústica e voltas pontuais.

Formação

Humberto Gessinger – voz, guitarra, violão, teclado, baixo em faixa específica
Paulinho Galvão – guitarra, violão
Bernardo Fonseca – baixo
Gláucio Ayala – bateria, percussão

Músicos adicionais
Luciano Granja – violão em “Nunca Mais”
Lucio Dorfman – teclado em “Nunca Mais”
Adal Fonseca – bateria em “Nunca Mais”
Carlos Maltz – voz em “e‑Stória”
Renato Borghetti – harmônica em “e‑Stória”

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