Ao Vivo, Pop Rock

Filmes de Guerra, Canções de Amor

7.2

Nota média
de sites de crítica

O unplugged brasileiro antes da onda

O “Filmes de Guerra, Canções de Amor” é praticamente o MTV Unplugged brasileiro antes da moda explodir por aqui – o trio troca guitarras distorcidas por semiacústicas, adere ao clima intimista e aperta o play na leveza. Imagine um samba-jazz com pitadas folk, regido pela orquestra e realçado pela sanfona de Wagner Tiso – o resultado soa como um churrasco sofisticado num quintal elegante: acolhedor, versátil, surpreendente.

A produção minimalista de Mayrton Bahia foge do excesso e deixa pra brilhar o contraste entre o acústico e o erudito; é como se as músicas ganhassem uma cara nova – especialmente “Mapas do Acaso” e “Realidade Virtual”, que transitam entre folk, country rock e um coro gospel inesperado. Diferente dos discos anteriores, aqui o Engenheiros se despem de distorção para revelar camadas escondidas na poesia de Humberto.

Local

Sala Cecília Meireles (Rio de Janeiro) e estúdios BMG

Turnê

Pequena tour internacional (Japão e EUA) e participações em programas de TV; turnê nacional foi interrompida

Destaques

1 – Mapas do Acaso
12 – Realidade Virtual
6 – Pra Ser Sincero

Menos ouvidas

3 – Pra Entender
8 – Alívio Imediato

Fatos interessantes

• Foi gravado em julho de 1993 na Sala Cecília Meireles e estúdios BMG, no Rio de Janeiro, com distribuição de convites para fã‑clubes.

• Primeiro registro acústico de grande banda nacional, com guitarras semiacústicas e arranjos minimalistas.

• Wagner Tiso, do Clube da Esquina, rege a orquestra e toca acordeão em várias faixas.

• Inclui seção da Orquestra Sinfônica Brasileira com cordas e trompa.

• Guitarras semiacústicas Gibson ES-335/350 e L‑4 CES foram adquiridas especialmente para este projeto.

• Produção de Mayrton Bahia, que vinha de trabalhos com Legião Urbana.

• Foram lançados cinco videoclipes na MTV: “Mapas do Acaso”, “Quanto Vale a Vida?”, “Crônica”, “Às Vezes Nunca” e “Realidade Virtual”.

• Após o lançamento, a banda se desfez no fim do ano; Augusto Licks saiu oficialmente pouco depois.

• Não repetiu o sucesso comercial dos discos anteriores e viu a turnê ser interrompida.

• O DVD lançado em 2002 sofreu críticas pela qualidade da imagem, por ter sido remasterização de VHS.

• É considerado um marco na história do pop/rock brasileiro unplugged.

Formação

Humberto Gessinger – voz, piano, teclado, acordeão, guitarra semiacústica, baixo Steinberger
Augusto Licks – guitarra semiacústica, guitarra de 12 cordas, violão, vocais
Carlos Maltz – percussão, bateria

Músicos adicionais
Wagner Tiso – regência e acordeão
Paulo Moura – saxofone
Golden Boys – vocais
Ana Leuzinger, Cecília Spyer, Jurema Lourenço, Nair de Candia – vocais
Seção da Orquestra Sinfônica Brasileira – cordas e trompa