Elton John - Honky Château

Honky Château

5º álbum de estúdio​

Era

O Auge de Ouro Pop/Rock (1972–1975)

8.5

Nota média
de sites de crítica

O nascimento da banda Elton John

Honky Château marca o momento em que Elton John se liberta da opulência orquestral e das sobreposições de estúdio, para abraçar uma sonoridade mais orgânica, energética e diversificada. Há faixas que dão um passo rumo ao rock com grooves animados (“Honky Cat”), outras mergulham em introspecção ou lirismo sofisticado (“Mona Lisas and Mad Hatters”), misturando pop, rock, soul, country e até traços de jazz ou blues de forma elegante.

A produção de Gus Dudgeon equilibra clareza e personalidade: os vocais de Elton se destacam, os backing vocals de Murray, Olsson e Johnstone criam harmonia de grupo, e os instrumentos adicionais (violino elétrico, metais, percussão) enfeitam sem sobrecarregar. As letras de Bernie Taupin variam entre o íntimo, o melancólico e o observador urbano, com ironia e humor em pontos como “I Think I’m Going to Kill Myself”.

Esse álbum é um divisor de águas: inaugura a fase em que Elton John constrói identidade de banda, e com ele chegam os hits que definiriam sua carreira nos anos 70.

Destaques

5 – Rocket Man (I Think It’s Going To Be A Long, Long Time)
9 – Mona Lisas and Mad Hatters
1 – Honky Cat

Menos ouvidas

11 – Slave – Alternate “Fast” Version
7 – Slave

Fatos interessantes

• O álbum foi gravado em apenas alguns dias no Château d’Hérouville, na França, residência-estúdio que oferecia ambiente diferente dos estúdios londrinos.

• Foi o primeiro álbum de Elton em que sua banda de estrada (Johnstone, Murray, Olsson) participa integralmente, o que moldou seu som posterior.

• “Rocket Man” tornou-se um dos seus maiores sucessos, ajudando a projetar sua fama internacional.

• A faixa “I Think I’m Going to Kill Myself” combina uma melodia relativamente alegre com temática provocativa, e traz um número de sapateado (“tap dance”) executado por “Legs” Larry Smith.

• Foi o primeiro álbum de Elton a atingir o topo da parada de discos nos EUA, iniciando uma sequência de vários discos #1.

• O álbum marca o fim dos discos de Elton lançados pela gravadora Uni nos EUA/Canadá; depois ele passa a ter seus discos distribuídos pela MCA naquele mercado.

• Em relançamentos posteriores foi incluída uma versão alternativa “acelerada” de “Slave” como faixa bônus.

Produção

Gus Dudgeon

Mudança de line

Até Madman Across the Water (1971), Elton John usava muito músicos de estúdio e arranjos orquestrais (por exemplo Paul Buckmaster) e seus músicos de estrada (Nigel Olsson, Dee Murray, Davey Johnstone) tinham participação limitada nas gravações oficiais. Com Honky Château, ele, pela primeira vez, grava com sua banda ao vivo como núcleo principal em quase todas as faixas, dando a Olsson, Murray e especialmente Johnstone papéis permanentes. Davey Johnstone deixa de ser apenas convidado em algumas faixas e passa a membro fixo, contribuindo com múltiplos instrumentos e vocais. Essa mudança permitiu uma sonoridade mais coesa de banda, menos dependente de arranjos externos.

Formação

Elton John – voz / piano acústico / Fender Rhodes / órgão Hammond / harmônio
Davey Johnstone – guitarra elétrica / guitarra acústica / slide / banjo / mandolim / backing vocals
Dee Murray – baixo elétrico / backing vocals
Nigel Olsson – bateria / percussão / backing vocals

Músicos adicionais:
David Hentschel – sintetizador ARP
Jean-Luc Ponty – violino elétrico
Ray Cooper – percussão adicional (congas)
Seção de metais: Jean-Louis Chautemps, Alain Hatot, Jacques Bolognesi, Ivan Jullien
“Legs” Larry Smith – sapateado (“tap dance”)
Madeline Bell, Liza Strike, Larry Steel, Tony Hazzard – backing vocals adicionais
Gus Dudgeon – arranjos de metais / vocais adicionais / assobios etc.

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