Elton John - Empty Sky

Empty Sky

1º álbum de estúdio​

Era

Raízes & Ascensão (1969–1971)

6.8

Nota média
de sites de crítica

Horizontes de um jovem Elton

Empty Sky soa como o ponto de partida ambicioso de Elton John, em um momento em que ainda experimentava seu estilo. A produção é mais crua do que o que viria depois, com arranjos que flertam tanto com o rock progressivo/pichedélico quanto com baladas folk-pop suaves. Há passagens grandiosas, como a faixa-título, que impressionam pelo escopo: oito minutos de variação dinâmica, onde instrumentos como cravo, piano, órgão, flautas e mesmo harmônica coabitam.

As letras de Bernie Taupin já mostram seu lado poético e imaginativo – há mitologia, reflexões existenciais, temas evocativos que mais tarde ele e Elton refinariam. “Skyline Pigeon” emerge como destaque emocional, mostrando um Elton mais vulnerável e melódico do que muitas das faixas mais experimentais.

Embora o álbum não seja tão polido nem tão consistente quanto os sucessos que Elton alcançaria depois, ele funciona como um mosaico de ideias interessantes: som modesto, mas com lampejos de genialidade que prenunciam o que viria. Para quem gosta dos primeiros trabalhos dos artistas, Empty Sky é um registro fascinante do início de uma jornada musical.

Destaques

8 – Skyline Pigeon
1 – Empty Sky
10 – Lady Samantha

Menos ouvidas

9 – Gulliver/It’s Hay Chewed
7 – The Scaffold

Fatos interessantes

• “Empty Sky” é o único álbum dos primeiros anos de Elton John não produzido por Gus Dudgeon.

• “Skyline Pigeon” foi regravada posteriormente com orquestra, substituindo o harpsichord e se tornou uma faixa memorável nos shows.

• No Brasil, “Skyline Pigeon” alcançou enorme popularidade após ser incluída na trilha sonora da novela Carinhoso (1973), tornando-se um sucesso nacional.

• O álbum foi gravado entre o inverno de 1968 e a primavera de 1969, no estúdio de 8 pistas da DJM em Londres.

• Algumas das faixas bônus da versão remasterizada de 1995 já haviam sido lançadas como singles antes do álbum original.

• A versão nos Estados Unidos só foi lançada em 1975, com arte de capa diferente.

• Elton mais tarde descreveu Empty Sky como “ingênuo”, mas também guarda boas lembranças do processo de gravação.

• A faixa “Val‑Hala” foi escrita como “Valhalla” em algumas versões posteriores.

• Nigel Olsson aparece tocando bateria em apenas uma faixa (“Lady What’s Tomorrow?”), mas se tornaria membro regular da banda de Elton nos anos seguintes.

Produção

Steve Brown

Mudança de line

Este álbum já traz colaboradores (como Caleb Quaye, Roger Pope, Nigel Olsson) que mais tarde seriam figuras recorrentes na carreira dele.

Formação

Elton John – voz, piano, órgão, Hohner Pianet, cravo (harpsichord)
Caleb Quaye – guitarra elétrica, guitarra acústica, congas/percussão
Tony Murray – baixo elétrico
Roger Pope – bateria, percussão
Nigel Olsson – bateria (apenas na faixa “Lady What’s Tomorrow”)
Don Fay – saxofone tenor, flauta
Graham Vickery – harmônica

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