David Bowie - Scary Monsters (and Super Creeps)

Scary Monsters (and Super Creeps)

14º álbum de estúdio​

Fase

O Pierrot Pós-Moderno (1980–1987)

8.5

Nota média
de sites de crítica

Bowie entre o caos e a ordem

Em “Scary Monsters (and Super Creeps)”, David Bowie encerra sua fase experimental dos anos 70 com um estrondo. O álbum é uma colagem sonora que mistura art rock, new wave e post-punk, refletindo a ansiedade e a desilusão do início dos anos 80. Com guitarras cortantes de Robert Fripp e letras introspectivas, Bowie revisita personagens do passado, como Major Tom em “Ashes to Ashes”, e apresenta críticas mordazes à sociedade em faixas como “Fashion”.

A produção é densa e polida, com camadas de sintetizadores e ritmos pulsantes que criam uma atmosfera ao mesmo tempo futurista e decadente. “Scary Monsters” é o ponto de convergência entre o experimentalismo da “Trilogia de Berlim” e a acessibilidade pop que Bowie exploraria em “Let’s Dance”. É um álbum que captura o artista no auge de sua criatividade, equilibrando inovação e apelo comercial com

Destaques

3 – Scary Monsters (and Super Creeps)
4 – Ashes to Ashes
5 – Fashion

Menos ouvidas

7 – Scream Like a Baby
9 – Because You’re Young

Fatos interessantes

• “Ashes to Ashes” revisita o Major Tom, personagem de “Space Oddity”, agora retratado como um astronauta decadente e perdido.

• Robert Fripp, guitarrista do King Crimson, contribuiu com solos intensos que deram ao álbum uma sonoridade única.

• “Fashion” começou como uma canção chamada “Jamaica”, mas foi transformada em crítica à superficialidade da moda.

• O álbum marca a última colaboração do trio rítmico Alomar-Murray-Davis, que acompanhava Bowie desde 1976.

• “Scary Monsters” foi o último álbum de Bowie lançado pela RCA Records, encerrando uma parceria de quase uma década.

• A capa do álbum apresenta Bowie vestido como Pierrot, simbolizando a dualidade entre a máscara e a identidade real.

• “Teenage Wildlife” é vista como uma resposta sarcástica de Bowie à nova geração de músicos new wave.

• O álbum foi gravado em Nova York e Londres, refletindo a transição geográfica e artística de Bowie.

• “Scary Monsters” alcançou o topo das paradas no Reino Unido, consolidando o sucesso comercial de Bowie.

• A faixa “It’s No Game (No. 1)” apresenta vocais em japonês, adicionando uma camada de estranheza e exotismo à abertura do álbum.

Produção

David Bowie, Tony Visconti

Mudança de line

“Scary Monsters” marca a última colaboração do trio rítmico formado por Carlos Alomar, George Murray e Dennis Davis, que acompanhava Bowie desde “Station to Station” (1976).

Formação

David Bowie – vocais, sintetizadores, mellotron, piano elétrico, piano, synth-bass, efeitos sonoros, backing vocals, saxofone
Carlos Alomar – guitarra solo e rítmica
George Murray – baixo
Dennis Davis – bateria

Músicos adicionais
Robert Fripp – guitarra solo
Chuck Hammer – guitarra sintetizada
Roy Bittan – piano
Andy Clark – sintetizador
Pete Townshend – guitarra
Tony Visconti – guitarra acústica, backing vocals
Lynn Maitland – backing vocals
Chris Porter – backing vocals
Michi Hirota – voz em japonês

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