Creedence Clearwater Revival - Creedence Clearwater Revival

Creedence Clearwater Revival

1º álbum de estúdio​

Fase

A Forja do Som (1968)

7.3

Nota média
de sites de crítica

Nascendo no Pântano: O Primeiro Grito do Creedence

O álbum de estreia do Creedence Clearwater Revival é como uma estrada de terra antes do asfalto: cheia de solavancos, mas com charme de sobra. Lançado em 1968, ele já traz os elementos que fariam da banda uma potência – o som de pântano, o blues sujo, o R&B da Stax e aquele sentimento de rock de beira de estrada. Ainda assim, John Fogerty ainda não era o compositor afiado que viria a ser, e a banda soa um pouco perdida em jams desajeitadas e psicodelia deslocada para quem logo se tornaria sinônimo de rock direto e sem firulas.

Os singles “Susie Q” e “I Put a Spell on You” seguram as pontas, mas é “Porterville” que dá o primeiro vislumbre do que estava por vir: um rock poderoso, cheio de ganchos e aquela revolta da classe trabalhadora que mais tarde definiria o som da banda. Não é um clássico absoluto, mas já estava acima da concorrência e anunciava uma tempestade no horizonte.

Destaques

3. Susie Q.
1. I Put A Spell On You
6. Porterville

Menos ouvidas

7. Gloomy
5. Get Down Woman

Fatos interessantes

• O álbum autointitulado marcou a transição da banda de “The Golliwogs” para “Creedence Clearwater Revival”. Embora inicialmente não tenha alcançado sucesso comercial significativo, o disco estabeleceu as bases para o estilo distinto da banda. ​

• O nome “Creedence Clearwater Revival” é uma combinação de elementos: “Creedence” foi inspirado no nome de um amigo de Tom Fogerty, “Credence Newball”; “Clearwater” veio de um comercial de cerveja da época; e “Revival” simbolizava o renascimento e a nova direção musical do grupo. ​

• O álbum inclui “Suzie Q”, uma versão de quase nove minutos da música de Dale Hawkins, que se tornou um dos primeiros sucessos da banda. Outra faixa notável é “I Put a Spell on You”, uma reinterpretação do clássico de Screamin’ Jay Hawkins. ​

• Além das covers, o álbum apresenta composições originais de John Fogerty, como “Porterville” e “The Working Man”, que demonstram as raízes da banda no blues e no rock sulista. ​

• Embora associados ao som do sul dos Estados Unidos, os membros do Creedence Clearwater Revival eram todos da Califórnia. Eles conseguiram capturar a essência do “swamp rock” e do “bayou rock” através de suas influências musicais e estilo único. ​

• A capa do álbum apresenta uma fotografia simples da banda, refletindo sua abordagem direta e sem artifícios à música, contrastando com as tendências psicodélicas da época. ​

• O álbum foi gravado entre outubro de 1967 e fevereiro de 1968 no Coast Recorders, em São Francisco, Califórnia, e produzido por Saul Zaentz. ​

• Apesar de seu impacto posterior, a recepção crítica inicial foi mista. A revista Rolling Stone, por exemplo, destacou John Fogerty como o ponto alto da banda, mas criticou os outros membros por serem monótonos e repetitivos. ​

• Este álbum marcou o início da ascensão do Creedence Clearwater Revival, que rapidamente se tornaria uma das bandas mais influentes do final dos anos 1960 e início dos anos 1970, com uma série de sucessos que definiriam o rock americano.

• O álbum foi produzido por Saul Zaentz, que mais tarde se tornaria um renomado produtor de cinema, vencendo o Oscar de Melhor Filme três vezes, por Um Estranho no Ninho (1975), Amadeus (1984) e O Paciente Inglês (1996).

Produção

Saul Zaentz, John Fogerty

Mudança de line

Primeira formação

Formação

John Fogerty – guitarra solo, vocais principais, tamborim, maracas, brinquedos de corda, piano
Tom Fogerty – guitarra rítmica, vocais de apoio
Stu Cook – baixo, vocais de apoio
Doug Clifford – bateria, vocais de apoio

Se gostou, também vai gostar de...

Rod Stewart - Body Wishes
Pop Rock

Rod Stewart – Body Wishes

Pop oitentista com sintetizadores e batidas eletrônicas, destacando-se com o hit “Baby Jane”.

Steven Wilson - The Overview
Rock

Steven Wilson – The Overview

The Overview é uma viagem prog-cósmica onde Wilson mistura Pink Floyd, Vangelis e King Crimson, refletindo sobre a pequenez humana mediante o espaço.

Queen - Queen
Hard rock

Queen – Queen

Um debut ousado, com harmonias operísticas, guitarras épicas e experimentação crua. Imperfeito, mas já genial.

Outros álbuns do mesmo ano

Pink Floyd - A Saucerful of Secrets
Rock espacial

Pink Floyd – A Saucerful of Secrets

Transição do Pink Floyd do psicodelismo para o experimentalismo espacial, marcando a estreia de Gilmour e a despedida de Barrett.