Chevelle - Bright as Blasphemy

Bright as Blasphemy

10º álbum de estúdio​

Era

Abismos Digitais (2021–2025)

8.0

Nota média
de sites de crítica

Chevelle sem freios: peso e autonomia

Este décimo disco mergulha Chevelle nas sombras com a intensidade de quem retorna ao palco noturno do hard rock carregado de riffs esmagadores e vocais tensos. É como se eles construíssem uma catedral sombria com guitarras serrilhadas e batidas cruas — um espetáculo para fãs com os nervos à flor da pele.

Os hermanos Loeffler assumem todo o controle artístico, dispensando produtores externos, o que confere ao álbum um ar de rebeldia artesanal e autenticidade. Liricamente, há algo visceral nos títulos como “Rabbit Hole (Cowards, Pt. 1)” e “Jim Jones (Cowards, Pt. 2)”, críticas afiadas à fé cega, tecnologia e poder. O resultado soa como um Chevelle à flor da pele, mais cru, mais direto — como se tivessem capturado relâmpagos em fita magnética e lançado direto nos alto-falantes.

Destaques

2 – Rabbit Hole – Cowards, Pt. 1
3 – Jim Jones – Cowards, Pt. 2
1 – Pale Horse

Menos ouvidas

6 – Karma Goddess
9 – Shocked at the End of the World

Fatos interessantes

• É o primeiro álbum desde 2021, após quase cinco anos de espera entre os lançamentos.

• Marcou a saída definitiva da Epic Records e o primeiro trabalho com o selo Alchemy Recordings.

• O processo de produção foi descrito como “tortuoso” pelos irmãos, uma jornada intensa de autodescoberta.

• Autoprodução foi encorajada por Joe Barresi; eles finalmente tocaram o barco completamente sozinhos.

• Os dois primeiros singles formam narrativa em sequência (“Cowards, Pt. 1” e “Pt. 2”), com críticas afiadas à tecnologia e figuras de poder.

• A faixa “Rabbit Hole (Cowards, Pt. 1)” teve videoclipe lançado em maio e atingiu as rádios de rock mostrando força.

• A sonoridade carrega aquele Chevelle visceral, como “em busca de Deus num estacionamento vazio às 3 da manhã.”

• A gravação se estendeu de 2022 a 2025 — um teste de paciência, persistência e perfeccionismo.

• A capa sugere uma fusão visual de tensão e mistério, como se algo estivesse prestes a estourar sob a superfície.

• A banda embarcou em uma turnê de 38 datas pela América do Norte para promover o álbum ao vivo.

Produção

Pete Loeffler, Sam Loeffler

Mudança de line

O baixista Dean Bernardini saiu em 2019, e o álbum anterior já contava com Pete assumindo o baixo. Não há entrada de novos membros fixos nesta formação, apenas Kemble Walters colaborando como assistente de engenharia no processo de produção, mostrando continuidade e autonomia criativa crescente dentro da dupla principal.

Formação

Pete Loeffler – voz, guitarra, baixo elétrico
Sam Loeffler – bateria

Músicos adicionais
Kemble Walters – engenharia (assistência técnica)

Se gostou, também vai gostar de...

Living Colour - Shade
Funk rock

Living Colour – Shade

Retorno explosivo: som pesado, grooves dançantes e letras engajadas, sem perder a energia que faziam a banda vibrar desde os anos 80.

Alice in Chains - Alice in Chains
Grunge

Alice in Chains – Alice in Chains

O último rugido de Layne Staley: um Alice in Chains sombrio, pesado e introspectivo, misturando riffs arrastados e acústicos melancólicos.

Outros álbuns do mesmo ano

Jelusick - Apolitical Ectasy
Hard rock

Jelusick – Apolitical Ectasy

Hard rock visceral e letras afiadas: Apolitical Ecstasy mostra Jelusick mais pesado, refinado e livre de convenções.

Dodie - Not for Lack of Trying
Indie pop

Dodie – Not for Lack of Trying

Dodie explora dor, autocompaixão e busca por sentido com arranjos refinados e letras que soam confessionais e cinematográficas.

The Lumineers - Automatic
Folk

The Lumineers – Automatic

Lumineers mais cru e visceral: folk confessional, letras afiadas e um toque de caos emocional. Introspectivo, surpreendente e irresistível.