Billy Joel - The Nylon Curtain

The Nylon Curtain

8º álbum de estúdio​

Era

Reflexões e Críticas Sociais (1982–1983)

8.4

Nota média
de sites de crítica

Fábricas, fantasmas e esperanças

Oito álbuns depois, Billy Joel entrega em The Nylon Curtain um retrato adulto dos EUA Reaganianos, com reflexões sobre sonhos de fábrica, pressões existenciais e sequências de relacionamento. Misturando pop sofisticado com tintas de rock sério à la Beatles, o disco soa ambicioso e introspectivo sem abortar a melodia. Faixas como “Goodnight Saigon” são épicos emocionais, “Scandinavian Skies” flerta com o psicodélico, e “Laura” prenuncia o Joel adulto, divulgando sua faceta mais obscura.

A produção tem capricho de audiophile — digitalizada, estratificada, orquestrada — e revela Joel empenhado em um sonoro artesanal, longe do trivial. Ainda que a densidade temática o distancie dos hits redondinhos que viriam em An Innocent Man, este álbum marca a maturidade criativa dele, mesclando autobiografia, comentário social e virtuosismo pop.

Destaques

3 – Pressure
4 – Goodnight Saigon
1 – Allentown

Menos ouvidas

7 – Surprises
8 – Scandinavian Skies

Fatos interessantes

• O álbum foi um dos primeiros a ser totalmente gravado, mixado e masterizado digitalmente.

• Joel sofreu um acidente de moto em abril de 1982, pouco antes da gravação final, mas retomou o trabalho rapidamente.

• “Allentown” reflete a crise da indústria do aço na Pensilvânia e se tornou um hino da classe trabalhadora americana.

• “Laura” é reconhecido como um tributo consciente aos Beatles — desde as harmonias até o arranjo.

• “Goodnight Saigon” foi escrito com base em relatos de veteranos, evitando uma visão política, mas emocional do Vietnã.

• “Scandinavian Skies” inclui influências psicodélicas e beats inspirados em “I Am The Walrus”.

• A turnê do álbum foi a primeira após o divórcio conturbado de Joel com Elizabeth Weber.

• Críticos o consideram o trabalho mais ambicioso de Joel, com destaques para “Pressure”, “Laura” e “Where’s the Orchestra?”.

Produção

Phil Ramone

Mudança de line

O saxofonista Richie Cannata deixou a banda antes da gravação do álbum. Seu lugar não foi preenchido no estúdio; o multi-instrumentista Mark Rivera só entrou durante a turnê, substituindo Cannata no palco.

Formação

Billy Joel – voz, piano acústico e elétrico, sintetizadores, órgão Hammond, melodica, Prophet-5, Synclavier II, guitarra acústica
David Brown – guitarras (lead e acústica)
Russell Javors – guitarras (ritmo e acústica)
Doug Stegmeyer – baixo elétrico
Liberty DeVitto – bateria, percussão

Músicos adicionais
Bill Zampino – field snare
Rob Mounsey – sintetizador
Dominic Cortese – acordeão
Eddie Daniels – saxofone e clarinete
Charles McCracken – violoncelo
Dave Grusin – arranjos de cordas e metais
David Nadien – concertmaster

Se gostou, também vai gostar de...

Morten Harket - Out of My Hands
Pop Rock

Morten Harket – Out of My Hands

Synth-pop e pop rock com a elegância de Morten Harket. O álbum é nostálgico e maduro, equilibrando falsetes e melodias dançantes.

Elton John - Empty Sky
Pop Rock

Elton John – Empty Sky

Estreia de Elton John com rock suave, experimentações psicodélicas e letras poéticas; contém “Skyline Pigeon”, pedra fundamental de sua carreira.

Journey - Escape
AOR

Journey – Escape

Clássico do rock melódico: baladas intensas, hinos imortais e produção grandiosa que levou o Journey ao auge nos anos 80.

Outros álbuns do mesmo ano

The Doobie Brothers - Farewell Tour
Ao Vivo

The Doobie Brothers – Farewell Tour

Gravado ao vivo em 1982, Farewell Tour celebra a evolução dos Doobie Brothers, do rock ao soul, com performances emocionantes e participações especiais.

Whitesnake - Saints & Sinners
Blues rock

Whitesnake – Saints & Sinners

Hard blues visceral com riffs intensos e melodias envolventes; o último registro da formação clássica antes da virada glam de Whitesnake.