Em Streetlife Serenade, Billy troca o clima intimista de “Piano Man” por um passeio urbano – quase um filme em áudio sobre a vida na cidade grande. A faixa-título soa como um passeio noturno pelas ruas, enquanto “Los Angelenos” tem ritmo de funk rock que poderia facilmente ter sido trilha sonora de um filme de 1974. A instrumental “Root Beer Rag” é um delicioso rasgo ragtime: Joel solta os dedos e nos dá um espetáculo de teclado furioso, tipo ‘jazz com gasolina no motor’. .

“The Entertainer” bate satírico nos holofotes da fama, respondendo ao corte de “Piano Man” com sarcasmo e ironia – “se você quer um hit, corta pra 3:05”. Apesar de críticas mornas da época, o álbum mostra um artista testando limites: urbana, diversificada e fluida, é quase um grande experimento com Moog e arranjos variados, antes de Joel voltar às raízes no próximo Turnstiles. Mesmo sem a coesão de seus sucessos posteriores, este é o ponto onde ele mistura soft rock, ragtime e sátira comercial – um experimento que revisita a L.A. com um olhar tanto crítico quanto sonoro.

Billy Joel – voz principal, piano, teclados, sintetizadores, gaita
Richard Bennett, Joe Clayton, Gary Dalton, Mike Deasey, Don Evans, Al Hertzberg, Art Munson, Raj Rathor, Michael Stewart – guitarras (múltiplos guitarristas)
Wilton Felder, Emory Gordy Jr., Larry Knetchel – baixo
William Smith – órgão
Ronnie Tutt – bateria
Tom Whitehorse – banjo, pedal steel guitar

Músicos adicionais
Joe Clayton – percussão adicional (conga)