“River of Dreams” é um dharma pop com lampejos de blues e gospel, dividido entre a fúria suburbana (“No Man’s Land”), o amargor de traições (“The Great Wall of China”) e a serenidade paternal de “Lullabye”. É como se Billy Joel pegasse o piano, vestisse jeans e fosse direto pra missa de domingo.

Produção crua e orgânica, cortes no gloss habitual: o arranjo gospel/doowop do single-título traz a alma do verão de 93, mas o álbum não foge do peso emocional das letras — ele estava passando por separação, brigas legais e reflexões existenciais. O resultado? Um adeus com estilo ao pop-rock: uma espécie de crônica madura, pessoal e menos preocupada com hits.

Billy Joel – voz, piano, Hammond, clavinet, sintetizadores, órgão, backing vocals (faixa 2)
Tommy Byrnes, Danny Kortchmar, Leslie West – guitarras
T.M. Stevens, Lonnie Hillyer, Schuyler Deale, Jeff Lee Johnson, Chuck Treece – baixo (varias faixas)
Zachary Alford, Liberty DeVitto, Steve Jordan – bateria
Jim Saporito, Andy Kravitz – percussão

Músicos adicionais
Jeff Jacobs – sintetizadores, programação
Arno Hecht (sax-barítono), Richie Cannata (sax-tenor), Osvaldo Melindez (trombone), Laurence Etkin (trompete) – metais
Frank Simms, George Simms, Wrecia Ford, Marlon Saunders, Crystal Taliefero, B. David Witworth – backing vocals
Color Me Badd – vocais convidados
Curtis Rance King Jr. – maestro de coro, com corpo de vozes em “All About Soul”
Ira Newborn – orquestrações (faixas 2,6–8), gerência de orquestra por Lewis Del Gatto