Candlemass - Dactylis Glomerata

Dactylis Glomerata

6º álbum de estúdio​

Fase

Versatilidade e Transição (1991–2002)

7.0

Nota média
de sites de crítica

Retorno sombrio e experimental

Após alguns anos fora do cenário, Candlemass retorna com Dactylis Glomerata, um álbum que toma rumos inesperados para quem esperava mais do épico doom “tradicional” da banda. O som aqui é menos teatral, menos focado na grandiosidade coral, e mais inclinado a atmosferas densas, texturas espaciais, e uma pegada quase prog/stoner. Faixas como “Dustflow” estendem o tempo para criar climas, efeitos, theremin, camadas de sintetizador, mostrando vontade de experimentar.

A produção de Leif Edling equilibra peso e melancolia, mas sem muitos dos arranjos clássicos de coro ou ornamentações que marcaram os primeiros álbuns. A voz de Flodkvist traz uma vulnerabilidade diferente da voz anterior da banda, o que reforça a sensação de recomeço. É um álbum que, mesmo se desviando, mantém a essência doom: riffs graves, atmosfera sombria, e um senso de peso emocional. Pode não agradar quem procura o Candlemass mais “épico”, mas oferece uma faceta mais introspectiva e atmosférica da banda.

Destaques

3 – Dustflow
8 – Lidocain God
1 – Wiz

Menos ouvidas

10 – Container
11 – Thirst

Fatos interessantes

• O álbum originalmente era destinado ao projeto paralelo de Leif Edling, Abstrakt Algebra II, mas foi lançado como Candlemass por exigência da gravadora.

• É o primeiro álbum da banda após a pausa iniciada em 1994.

• “Dactylis glomerata” é o nome de uma espécie de grama — o título vem daí; Edling é alérgico a essa planta.

• Michael Amott participa nas guitarras — essa colaboração pontual não se repetiu em álbuns posteriores.

• A sonoridade se afasta do doom épico clássico, incluindo influências de space rock, stoner rock, e elementos mais experimentais.

• Há uma versão japonesa que traz faixas bônus (“Container” e “Thirst”).

• Em reedições posteriores (2006, 2008), o álbum foi lançado com um segundo disco que inclui as gravações originais de Abstrakt Algebra II, até então inéditas.

• Apesar das boas críticas, foi considerado um insucesso comercial comparado a outros álbuns da banda.

• As faixas instrumentais (“Cylinder”, “Molotov”) ajudam a criar pausas atmosféricas entre músicas mais pesadas.

• Graças ao uso de overdubs e músicos convidados, há uma variedade maior de texturas (e.g. theremin) do que em muitos lançamentos anteriores.

Produção

Leif Edling

Mudança de line

Este álbum marca a volta do Candlemass após um hiato que começou após Chapter VI (1992). O vocalista nesta gravação é Björn Flodkvist, substituindo os vocais de Messiah Marcolin / Thomas Vikström usados em lançamentos anteriores. Outro destaque: Michael Amott, conhecido por trabalhos com Arch Enemy e Carcass, participa como guitarrista — é a única vez que ele aparece oficialmente em um álbum do Candlemass. Leif Edling continua como peça central (baixista/compositor), mas a sonoridade é diferente, mais experimental.

Formação

Björn Flodkvist – voz principal
Leif Edling – baixo elétrico, produção, mixagem
Michael Amott – guitarra
Carl Westholm – teclados
Jejo Perković – bateria
Músicos adicionais
Ulf Edelönn – guitarra (faixa “I Still See the Black”)
Ian Haugland – bateria (faixas “Wiz” e “I Still See the Black”)
Patrik Instedt – guitarra (faixas “Dustflow”, “Abstrakt Sun” e “Lidocain God”)
Måns P. Månsson – sintetizador e theremin (faixa “Dustflow”)
Adam Axelsson – percussão (“claypot” e outros – faixa “Apathy”)
Jan Hellman – baixo elétrico distorcido (faixa “Karthago”); também edição e overdubs

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