Whitesnake - Saints & Sinners

Saints & Sinners

5º álbum de estúdio​

Fase

Ascensão à Consagração (1981–1982)

7.0

Nota média
de sites de crítica

O último suspiro da formação clássica

Saints & Sinners chega carregado de blues e pub-rock, entregando um Whitesnake mais cru e visceral, como uma rodada de whisky justo na lâmpada acesa de um bar esfumaçado. O álbum se equilibra entre agressividade crua (“Rough an’ Ready”, “Bloody Luxury”) e melodias cálidas e poderosas, como em “Here I Go Again” e “Crying in the Rain”.

Ele mantém a alma blues da banda, mas já aponta para um Whitesnake mais polido e radiofônico — um ensaio do sucesso monumental que viria em 1987. As sessões turbulentas imprimem uma tensão criativa palpável que, curiosamente, acabou gerando faixas mais intensas e sinceras — como se o desgaste externo servisse de combustível para essas canções saírem afiadas no estúdio. Uma versão menos glam, mais visceral, de quem ainda estava assando seu som para o grande público.

Destaques

6 – Here I Go Again
4 – Victim of Love
5 – Crying in the Rain

Menos ouvidas

9 – Dancing Girls
8 – Rock an’ Roll Angels

Fatos interessantes

• Foi o último álbum com a formação “Ready an’ Willing” (Moody, Marsden, Murray, Paice) antes de saírem.

• “Here I Go Again” e “Crying in the Rain” foram regravadas em 1987 e se tornaram hits globais.

• As gravações aconteceram em diversos locais — Rock City (Shepperton), Clearwell Castle (estúdio móvel), Britannia Row e Battery Studios em Londres.

• O álbum alcançou o Top 10 no Reino Unido (nº 9) e foi certificado ouro.

• Sessões tensas e conflitos com o management (John Coletta) marcaram o período.

• Mel Galley participou apenas como vocal de apoio, enquanto novos membros já caminhavam para entrar na banda.

Produção

Martin Birch

Mudança de line

Comparado com o álbum anterior (“Come an’ Get It”, 1981), este foi o último disco gravado pela formação “Ready an’ Willing”. Após o lançamento, Micky Moody, Bernie Marsden, Neil Murray e Ian Paice deixaram a banda por tensões internas e direção musical divergente. Logo após, Coverdale trouxe Mel Galley, Cozy Powell e Colin Hodgkinson para o grupo.

Formação

David Coverdale – vocais principais
Micky Moody, Bernie Marsden – guitarras (Moody também vocais de apoio)
Jon Lord – teclados
Neil Murray – baixo elétrico
Ian Paice – bateria

Músicos adicionais
Mel Galley – vocais de apoio

Se gostou, também vai gostar de...

Crown Lands - Fearless
Hard rock

Crown Lands – Fearless

Rock progressivo épico com narrativa sci-fi e crítica social: o Crown Lands entrega seu trabalho mais ambicioso e conceitual até agora.

Bon Jovi - Bounce
Hard rock

Bon Jovi – Bounce

Mistura de resiliência pós-11 de setembro com o rock de arena clássico do Bon Jovi, trazendo faixas pegajosas e otimistas, mas sem grandes surpresas.

Aerosmith - Get a Grip
Glam metal

Aerosmith – Get a Grip

Baladas poderosas e riffs marcantes definem este disco. O Aerosmith domina as paradas e conquista dois Grammys.

Outros álbuns do mesmo ano

Tim Maia - Nuvens
MPB

Tim Maia – Nuvens

Tim Maia em alta voltagem: funk suingado, groove impecável, melancolia afiada e um soul refinado que merecia mais holofotes.

Duran Duran - Rio
New Wave

Duran Duran – Rio

Puro glamour oitentista: baixo funkeado, sintetizadores luxuosos e hits que transformam qualquer fone num clube lotado. O auge do Duran Duran!

The Cure - Pornography
Pós-punk

The Cure – Pornography

Sons sombrios e pulsantes, densidade emocional extrema e o desfecho espetacular da era gótica do Cure, marcando uma virada sonora e pessoal.