10cc - Deceptive Bends

Deceptive Bends

5º álbum de estúdio​

Fase

Fratura Criativa e Canções de Impacto (1976–1978)

8.0

Nota média
de sites de crítica

A dupla que desafiou o rótulo “5cc”

Após a saída de Godley & Creme, o 10cc se transforma de um quarteto excêntrico em uma dupla tática e eficiente — como um mágico retirando coelhos, mas revelando que o truque ainda tem mágica. Deceptive Bends tem brilho pop refinado, com estruturas acessíveis e melodias quase imortais.

O arranjo dos vocais dá um ar de “beatlesismo” elegante, especialmente em “The Things We Do for Love”, enquanto “Good Morning Judge” traz uma pegada funk inusitada e narrativa cheia de humor. O fechamento épico com “Feel the Benefit” mostra ambição: uma suíte progressiva quase cinematográfica, cheia de transições, refrões marcantes e toques de nostalgia sentimental. É um álbum que abraça o pop sem perder o senso de experimentação, um 10cc Lapidado, esperto e acolhido pelo público.

Destaques

2 – The Things We Do for Love
1 – Good Morning Judge
6 – Honeymoon With B Troop

Menos ouvidas

12 – I’m So Laid Back, I’m Laid Out
10 – Hot To Trot

Fatos interessantes

• O título Deceptive Bends vem de uma placa de trânsito alertando para curvas traiçoeiras no trajeto entre Leatherhead e Dorking, Surrey.

• A capa foi criada pelo renomado estúdio Hipgnosis.

• “People in Love” começou com o título “Voodoo Boogie” e uma vibe completamente diferente, rejeitada por Godley & Creme.

• The Things We Do for Love virou o single mais vendido da banda nos EUA.

• O álbum foi gravado no recém-inaugurado Strawberry Studios South, em Dorking.

• “Feel the Benefit” é a faixa mais longa da carreira de estúdio do 10cc, com mais de 11 minutos.

• Stewart disse que a música era mais direta, mais rápida e que ele queria provar que o álbum seria um sucesso mesmo sem os membros fundadores restantes.

• O álbum alcançou o 3º lugar no Reino Unido e o 31º nos EUA.

• Em 1997, o álbum foi remasterizado e relançado, com b-sides como faixas bônus.

Produção

10cc

Mudança de line

Após gravações iniciais conturbadas com Kevin Godley e Lol Creme, que acabaram por deixar o grupo, Eric Stewart e Graham Gouldman assumiram o 10cc com o apoio do baterista Paul Burgess. A dupla enfrentou o desafio de provar que não eram apenas os remanescentes chamados “5cc” pela imprensa, e optaram por um som mais direto, simplificado e uma abordagem mais rápida na produção, para reafirmar sua relevância e sucesso comercial.

Formação

Eric Stewart – voz principal, backing vocals, guitarras (lead, rhythm, slide), piano (incluindo Rhodes e Moog), órgão, maracas
Graham Gouldman – voz principal e backing, baixo elétrico (incl. fuzz bass), guitarras (elétrica, acústica, 12‑string), autoharpa, órgão, tambourine, triangle, handclaps, guiro
Paul Burgess – bateria, percussão variada (tambourine, cabasa, gong, congas, vibraphone, triangle, wood blocks, roto‑toms, vibraphone, agogô, claves)

Músicos adicionais
Del Newman – arranjos de cordas
Jean Alain Roussel – Fender Rhodes e órgão (em “You’ve Got a Cold”)
Tony Spath – piano (“I Bought a Flat Guitar Tutor”) e oboé (“People in Love”)

Se gostou, também vai gostar de...

Caetano Veloso - Velô
MPB

Caetano Veloso – Velô

Caetano mistura MPB e pop rock em “Velô”, com críticas sociais afiadas e arranjos modernos, marcando sua reinvenção nos anos 80.

Imagine Dragons - Smoke + Mirrors
Arena rock

Imagine Dragons – Smoke + Mirrors

Pop rock grandioso e dramatismo de arena, faixas ambiciosas e som experimental: o Imagine Dragons expandiu seu universo no segundo álbum.

Elvis Presley - Double Trouble
Pop Rock

Elvis Presley – Double Trouble

Trilha curta e eclética que mistura pop sessentista e rock leve, com clima de comédia‑thriller europeu, embora irregular em qualidade.

Outros álbuns do mesmo ano

Kiss - Alive II
Ao Vivo

Kiss – Alive II

Explosão ao vivo do Kiss em três lados incendiários, mais inéditas de estúdio que revelam tanto brilho quanto tensões internas da banda.

Rush - A Farewell to Kings
Rock progressivo

Rush – A Farewell to Kings

Rush trocando a camiseta suada por túnicas de magos, misturando mitologia, fantasia e solos mirabolantes num prog grandioso e cheio de frescor criativo.

David Bowie - Low
Ambient

David Bowie – Low

Low é a reinvenção de Bowie: fragmentos pop no lado A, paisagens sonoras no lado B, marcando o início da icônica Trilogia de Berlim.