The Cure - Seventeen Seconds

Seventeen Seconds

2º álbum de estúdio​

Fase

Germinação Sombria (1979–1982)

8.0

Nota média
de sites de crítica

O bosque que marca o fim da inocência

Seventeen Seconds tem uma aura que faz lembrar um bosque noturno coberto por neblina: cada acorde parece um suspiro que ressoa entre troncos escuros, e o tempo parece desacelerar.

A instrumentação minimalista e melancólica — com sintetizadores que pulsar em silêncio e batidas quase respiratórias — cria uma paisagem sonora que você quer explorar com cautela. “A Forest” é o coração do álbum, com sua linha de baixo pulsante e guitarras tratadas em flanger, evocando um labirinto musical onde se perde e quer se perder. Comparado ao debut, aqui há menos ímpeto punk e mais introspecção sombria, um passo decisivo rumo ao gótico que consolidaria a identidade do The Cure para os anos seguintes.

Destaques

7 – A Forest
2 – Play for Today
8 – M

Menos ouvidas

6 – The Final Sound
5 – Three

Fatos interessantes

• Foi gravado e mixado em apenas sete dias com orçamento entre £2.000 e £3.000 — o prazo curto fez uma faixa planejada maior (“The Final Sound”) sair com apenas 53 s pois a fita acabou.

• “A Forest” foi o primeiro single da banda a entrar no Top 40 do Reino Unido — e é a faixa emblemática deste álbum.

• É considerado um dos primeiros álbuns de rock gótico, com suas ‘paisagens sombrias’ que se tornaram referência para o movimento.

• A capa abstrata combina com a sonoridade: borrada, etérea, sugere mais do que revela.

• A formação com Matthieu Hartley no teclado só durou este álbum; ele saiu antes do próximo, Faith, por divergências musicais.

• Em 2005, o álbum foi remasterizado em edição Deluxe, com demos, faixas ao vivo e material da banda Cult Hero (projeto paralelo com Robert Smith).

Produção

Mike Hedges, Robert Smith

Mudança de line

O baixista original Michael Dempsey deixou o grupo por não concordar com a nova direção mais sombria que Robert Smith desejava seguir — Smith disse que Dempsey “odeiou os demos” e preferia uma abordagem mais tipo XTC, enquanto Smith queria algo mais inspirado nos Banshees. Simon Gallup entrou no baixo, com Matthieu Hartley nos teclados, marcando uma formação mais atmosférica e menos punk

Formação

Robert Smith – guitarra, voz
Simon Gallup – baixo
Matthieu Hartley – teclados
Lol Tolhurst – bateria

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