O álbum soa como uma arena-rock maximalista meticulosamente esculpida, onde riffs e melodias convencionais se chocam com caos estrutural e texturas abrasivas. É como se o Strokes tivesse treinado com Queens of the Stone Age para encabeçar uma rave pós-industrial. A produção, liderada por Alan Moulder com os co-produtores, empurra vocais limpos e refrões tradicionais para o centro, ao mesmo tempo em que mantém uma camada de distortion e ruído que nunca relaxa.

As faixas transitam entre momentos de tensão controlada e explosões de som — de “Everything’s Glitter” com sua exuberância quase pop, a baladas introspectivas como “In Heaven” e “Public Grieving”, com ecos de jazz-fusão e synth-punk borrados. Enquanto Ultrapop era uma obra teórica de experimentação pop, Perfect Saviors parece abraçar o espetáculo mainstream como um tabuleiro de xadrez a ser desconstruído. A dualidade entre ironia e sinceridade permeia todo o álbum, criando um híbrido entre crítica de massa e celebração sonora. O final do álbum, com suas três faixas mais suaves, entrega talvez o momento mais humano da obra — um lembrete de que até os gladiadores do ruído podem chorar.

Devido à natureza rotativa e deliberadamente obscura da formação da banda, a linha oficial exata para este álbum não foi divulgada publicamente com clareza.

Músicos adicionais Bryan Aiken – guitarra
Eric Avery – baixo
Julien Baker – vocais
Jacob Bannon – vocais
Cara Drolshagen – vocais
Mark Guiliana – bateria
Urian Hackney – bateria
Josh Klinghoffer – guitarra
Randal Lee Kupfer – instrumentos diversos
Justin Meldal‑Johnsen – baixo e produção
Stephen Perkins – percussão
Patrick Shiroishi – guitarra e teclados
Chris Slorach – baixo e vocais
Matt Sweeney – guitarra
Ken Szymanski – baixo e guitarra
Sarah Tudzin – vocais e produção
Zach Weeks – guitarra e produção
Tony Wolski – vocais e instrumentos diversos