Em A Day At The Races, Queen não só manteve a pompa operística e o peso do rock pesado, mas também explorou novos ares, misturando soul, gospel e até um toque de music hall. O álbum, primeiro a ser autoproduzido somente pela banda, é uma montanha-russa sonora: abre com o riff estrondoso de Tie Your Mother Down, passa pela inspiração gospel da emocionante de Somebody To Love e desemboca na delicadeza japonesa de Teo Torriate.
Freddie Mercury, em plena transformação visual e vocal, brilha com baladas como You Take My Breath Away e o deboche glam de Good Old-Fashioned Lover Boy. Brian May, Roger Taylor e John Deacon também deixam suas marcas, seja com o slide guitar melancólico de Drowse ou o pop sofisticado de You And I. Nem tudo é perfeito – algumas faixas parecem perdidas no tempo –, mas o álbum é uma prova de que Queen sabia equilibrar complexidade e diversão, chegando ao topo das paradas com estilo e um toque de humor (até Groucho Marx aprovou!).
6. Somebody To Love
8. Good Old-Fashioned Lover Boy
1. Tie Your Mother Down
• Foi o primeiro álbum produzido exclusivamente pela banda, sem Roy Thomas Baker, marcando uma nova fase de autonomia criativa.
• O nome do álbum é uma homenagem ao filme dos Irmãos Marx, A Day at the Races, seguindo a linha do álbum anterior, A Night at the Opera (com a capa branca, opondo-se à capa preta desse).
• Alcançou o 1º lugar no Reino Unido e entrou no top 5 dos EUA, consolidando o sucesso global da banda. Boa parte pela estratégia de ser lançado próximo ao Natal – o que alavancou suas vendas.
• Somebody to Love, inspirada em Aretha Franklin, trouxe uma vibe gospel com coros multitracked, tornando-se um dos maiores sucessos do álbum.
• Foi o último álbum em que Freddie Mercury apareceu com cabelos longos e esmalte preto, marcando uma mudança visual e artística.
• A banda promoveu o álbum com um evento em um hipódromo, alinhado ao tema do título, e usou clipes do show em Hyde Park na primeira propaganda televisiva de um álbum de rock.
• O comediante Groucho Marx enviou uma carta à banda elogiando o uso (novamente) do título de seu filme.
• Apesar de ser visto como um “companheiro” de A Night at the Opera, o álbum consolidou Queen como uma das maiores bandas dos anos 70, com um som único e ambicioso.
• Em Drowse (música de sua autoria), o baterista Roger Taylor toca guitarra. John Deacon, por sua vez, toca violão na You And I (dele).
Freddie Mercury – vocais principais (faixas 1, 2, 4–8, 10), vocais de apoio (em todas, exceto 9), vocais no coro gospel (faixa 6), piano (faixas 2, 4–6, 8)
Brian May – guitarra elétrica (em todas as faixas), slide guitar (faixas 1, 9), orquestração de guitarra (faixas 1, 4, 10), harmônio (faixa 1 – introdução, faixa 10), piano (faixa 10), vocais de apoio (faixas 1, 3–8, 10), vocais no coro gospel (faixa 6), vocais principais (faixa 3), guitarra acústica (faixa 9)
Roger Taylor – bateria (em todas, exceto faixa 2), percussão (faixas 1–3, 8, 10), tímpanos (faixa 9), guitarra elétrica rítmica (faixa 9), vocais de apoio (em todas, exceto faixa 2), vocais no coro gospel (faixa 6), vocais principais (faixa 9)
John Deacon – baixo (em todas as faixas), guitarra acústica (faixa 5), vocais de apoio (faixa 1)