Living Colour - Time's Up

Time's Up

2º álbum de estúdio​

Era

Raio de Identidade (1988–1993)

8.1

Nota média
de sites de crítica

Rock político com alma negra

Em Time’s Up, o Living Colour se lança de cabeça numa aventura sonora onde funk, punk e jazz se encontram – é como se James Brown topasse com Public Enemy num beco com direito a solo de guitarra prog. O disco abre com “Time’s Up”, um hardcore urgente que denuncia o colapso ambiental com a mesma fúria com que “Pride” questiona o lugar do negro no rock.

A banda convida Little Richard e Maceo Parker em “Elvis Is Dead”, elevando o funk-jazz e desafiando ícones do rock branco com humor e ancestralidade. Já o hit “Love Rears Its Ugly Head” é puro balanço, com guitarras wah-wah e alma R&B – um hit que virou carro-chefe e trouxe o groove para o mainstream. Time’s Up soa como um laboratório caótico: tem informação sobre AIDS, sexo seguro, Internet e racismo — tudo isso embalado num som gigantesco que não poupa ninguém. Comparado ao debut Vivid, é mais denso, mais diversificado e muito mais urgente – uma afirmação sonora e política que permanece atual.

Destaques

4 – Pride
5 – Love Rears Its Ugly Head
14 – Solace of You

Menos ouvidas

2 – History Lesson
13 – Tag Team Partners

Fatos interessantes

• Foi vencedor do Grammy de Melhor Performance Hard Rock em 1990 – segundo prêmio da banda.

• Chegou ao #13 na Billboard 200 e foi certificado ouro em 25/10/1990 nos EUA.

• Convidados especiais incluem Queen Latifah, Little Richard, Doug E. Fresh, Maceo Parker e Mick Jagger.

• “Elvis Is Dead” usa citações de Paul Simon e Public Enemy e confronta a “cultural appropriation” no rock.

• A faixa “Information Overload” antecipa discussões sobre a era digital e redes sociais.

• Em 2024, o Rock & Roll Hall of Fame realizou um evento especial para celebrar o álbum com Kimberly Mack.

• É considerado por muitos críticos o ponto mais criativo da banda, integrando rock, jazz, funk, hip‑hop e metal .

• Livro da série “33 ⅓” explora sua relevância cultural e impacto musical.

• Último registro do baixista Muzz Skillings antes de sua saída em 1992.

Produção

Ed Stasium

Mudança de line

A formação se manteve estável: os quatro integrantes originais permanecem. Contudo, este é o último álbum de estúdio com Muzz Skillings no baixo, que saiu em 1992.

Formação

Corey Glover – voz, guitarra rítmica em “Type”
Vernon Reid – guitarra principal
Muzz Skillings – baixo elétrico
Will Calhoun – bateria

Músicos adicionais
Queen Latifah – vocais em “Under Cover of Darkness”
Little Richard – vocais em “Elvis Is Dead”
Doug E. Fresh – percussão, vocais adicionais
Maceo Parker – saxofone em “Elvis Is Dead”
Mick Jagger – vocais de apoio em “Elvis Is Dead”
Don Byron – clarinete e sax barítono
Akbar Ali, Charles Burnham, Eileen Folson, Reggie Workman – cordas
Annette Daniels, D.K. Dyson, Rosa Russ, Derin Young, Francine Stasium, Yubie Navas, Alva Rogers, Toshinobu Kubota – backing vocals

Se gostou, também vai gostar de...

Crown Lands - White Buffalo (EP)
Hard rock

Crown Lands – White Buffalo (EP)

Combinando rock progressivo e mensagens de resistência indígena, White Buffalo é o trabalho mais ambicioso e coeso do Crown Lands até agora.

Toto - Toto XIV
Hard rock

Toto – Toto XIV

Mistura de hard rock e prog com letras engajadas, power ballads e virtuosismo: o álbum de retorno artístico da formação clássica atualizada.

Outros álbuns do mesmo ano

Pink Floyd - Live at Knebworth 1990
Ao Vivo

Pink Floyd – Live at Knebworth 1990

Setlist conciso, performances intensas e convidados especiais fazem deste álbum ao vivo uma joia para os fãs do Pink Floyd pós-Waters.

Scorpions - Crazy World
Hard rock

Scorpions – Crazy World

Hard rock e metal pop com letras reflexivas, destacando a balada icônica Wind of Change. Riffs potentes e ousadia marcam o álbum.

Alice in Chains - Facelift
Grunge

Alice in Chains – Facelift

O debut do Alice in Chains trouxe riffs explosivos, letras angustiadas e vocais intensos, pavimentando o grunge com peso e melodia. Um trovão antes da tempestade dos anos 90.