Em Infinity, Devin Townsend mescla seu lado mais introspectivo de Ocean Machine com a brutalidade quase caótica de Strapping Young Lad, criando um disco que é essencialmente um “pai” desses universos musicais. Sob os efeitos de LSD e bipolaridade recém-diagnosticada, ele constrói canções irregulares e ao mesmo tempo brilhantes, como o sax aleatório em “Bad Devil” ou o dedilhar quase jazzístico em “Ants”. É como se fôssemos levados por um passeio alucinado por um parque pós-industrial, onde momentos calmos ganham peso súbito e se dissolvem em caos melódico.

Ele dormia no chão do estúdio, misturando loucura e genialidade: o álbum reflete isso em sua estrutura não-linear, das baladas (“Unity”) às explosões ruidosas (“War”), passando por ambientações que surgem quando menos esperamos. Infinity é tão imprevisível quanto a mente que o criou — um marco de autenticidade emocional e sonora.

Devin Townsend – vocais, guitarra, baixo, teclados, programação
Gene Hoglan – bateria
Christian Olde Wolbers – contrabaixo acústico
Andy Codrington – trombone
Chris Valagao Mina – guitarra, vocal de apoio
Erin Townsend, Lyn Townsend, Dave Townsend, Naomi, Tanya Evans, Lara Uthoff, Brad Jackson, Jennifer Lewis – vocais adicionais
Jamie Meyer – solo de piano (faixa 3)