Viagra Boys - Welfare Jazz

Welfare Jazz

2º álbum de estúdio​

Fase

Sátira e Subversão (2018–2021)

7.8

Nota média
de sites de crítica

Punk, sax e autocrítica

O Welfare Jazz soa como um pacto de sangue entre o punk sujo dos anos 80 e um jazz ácido de esquina. Murphy continua o showman de má índole, esbanjando sarcasmo e honestidade crua em letras que tratam de vício, masculinidade tóxica e a classe trabalhadora em colapso — é punk com humor negro e frenesi de saxofone.

O disco amplia a paleta sonora da banda, investindo em sintetizadores e grooves retrô com funk pontual, mas sem abandonar os riffs diretos. É uma versão mais viva e menos claustrofóbica que Street Worms, destacando-se em faixas como “Creatures”, com clima distópico 80s, e a sempre divertida “Secret Canine Agent”.

É um mergulho ácido na autocrítica: entre interlúdios curtos, Murhpy expõe suas falhas (“I took drugs every day and was an asshole”) enquanto a banda expõe sem dó o riso e o desconforto de quem escuta — um disco que mistura riso e ressentimento numa pista de dança suja.

Destaques

1 – Creatures
2 – Ain’t Nice
3 – Girls & Boys

Menos ouvidas

4 – This Old Dog
5 – Best In Show II

Fatos interessantes

• O título faz sátira ao apoio estatal à arte, numa crítica à cultura institucionalizada.

• Murphy escreveu o álbum enquanto estava em relacionamento e enfrentava o vício — “I was an asshole”.

• O disco traz faixa com Amy Taylor (Amyl and the Sniffers) — “In Spite of Ourselves” é cover de John Prine.

• Produção rica e variada, com ajuda de nomes como Patrik Berger (Sky Ferreira), Justin Raisen e Matt Sweeney.

• “Creatures” foi elogiada como ponto em que a banda achou um estilo coeso .

• O álbum foi bem recebido: nota 7.8/10 no AnyDecentMusic? e 78/100 no Metacritic.

• Há interlúdios curtos que aliviavam a intensidade crua, conectando o conceito central.

• A formação se alterou após a gravação: Vallé se desligou e morreu em 2021.

Produção

Daniel Fagerström, Pelle Gunnerfeldt, DJ Haydn (Fabian Berglund), Justin Raisen, Jeremiah Raisen, Matt Sweeney e Patrik Berger

Mudança de line

Comparado ao álbum anterior (Street Worms, 2018), o guitarrista Benjamin Vallé está presente, mas se desligou do grupo após a gravação; no próximo Cave World (2022), ele já não participa — vindo a falecer em outubro de 2021. Em 2021, Linus Hillborg entrou como guitarrista, trazendo continuidade após a saída de Vallé ,

Formação

Sebastian Murphy – voz
Henrik Höckert – baixo
Tor Sjödén – bateria, percussão, trompete (faixa 5)
Oskar Carls – saxofone, flauta, sintetizador, guitarra, clarinete (faixa 12)
Elias Jungqvist – sintetizador, piano, órgão, guitarra (faixa 9)
Benjamin Vallé – guitarra (faixas 5‑7, 10‑12)

Músicos adicionais
Daniel Fagerström – guitarra, programações, sampler, backing vocals, Mellotron, piano

Pelle Gunnerfeldt – guitarra, programações, sampler, sintetizador, baixo, piano
Amy Taylor – voz (faixa 13) Fabian Berglund (DJ Haydn) – guitarra (faixa 1)
Matt Sweeney – guitarra (faixa 11)
Patrik Berger – sintetizador (faixa 11)

Se gostou, também vai gostar de...

Talking Heads - Fear of Music
New Wave

Talking Heads – Fear of Music

Um mergulho sonoro em paranoias urbanas, com ritmos africanos, letras absurdistas e a produção visionária de Brian Eno.

Outros álbuns do mesmo ano

Teddy Swims - Unlearning (EP)
Pop

Teddy Swims – Unlearning (EP)

Pop com alma: Teddy Swims mescla R&B e introspecção em sete faixas que exploram autodescoberta e forças renovadas.

Devin Townsend - The Puzzle
Ambient

Devin Townsend – The Puzzle

Labirinto audiovisual de ambient e experimental, criado em pandemia, com explosão de colaborações: caos, catarse e cura em cada fragmento. Lançado no mesmo dia do Snuggles.

Duran Duran - Future Past
Art pop

Duran Duran – Future Past

“Future Past” mistura o melhor dos anos 80 com toques futuristas, mantendo a sofisticação e a energia dançante, com a produção de Mark Ronson e Giorgio Moroder.