The Police - Zenyatta Mondatta

Zenyatta Mondatta

3º álbum de estúdio​

Fase

Exaltação Global (1980–1981)

8.3

Nota média
de sites de crítica

A pressa criativa turbinando o trio britânico

Com uma urgência quase cinematográfica, Zenyatta Mondatta foi concebido e finalizado às pressas — o clima era tão tenso que o álbum foi concluído às 4 h da manhã do dia em que a banda embarcou numa turnê mundial. Ainda assim, o disco explode com energia e consciência social, passeando entre grooves de reggae pós-punk e refrães pop pegajosos como em “Don’t Stand So Close to Me” e “De Do Do Do, De Da Da Da”.

Sting mergulha em letras afiadas—de críticas políticas a tensões pessoais—enquanto Copeland e Summers imprimem percussões elásticas e guitarras que marcam o ritmo de uma banda que, mesmo sob pressão, soa turbinada e evoluída. Brilham também os instrumentais, especialmente o sombrio “Behind My Camel”, um solo de Summers que, apesar da resistência de Sting, conquistou um Grammy. O álbum parece rasgar o molde, apontando tanto para o pop refinado que viriam a dominar, quanto para as tensões internas que lentamente minariam a harmonia do trio.

Destaques

1 – Don’t Stand So Close to Me
7 – De Do Do Do, De Da Da Da
2 – Driven to Tears

Menos ouvidas

11 – The Other Way of Stopping
10 – Shadows in the Rain

Fatos interessantes

• O álbum foi gravado em apenas quatro semanas entre turnês intensas, terminando às 4 h da manhã antes da saída para turnê.

• O título é fruto da fusão de palavras inventadas por Stewart Copeland, sugerindo “Zen”, “mondo” (mundo), Jomo Kenyatta e “regatta”.

• Apesar da pressa, o álbum alcançou o topo no Reino Unido e foi um dos mais cultuados da banda.

• “Behind My Camel”, instrumental de Andy Summers, foi incluído mesmo após resistência interna — e ganhou um Grammy.

• O álbum reflete uma virada nas letras de Sting, agora mais conscientes de política, desigualdade e tensão emocional.

• A mixagem original foi refeita em poucas horas em outro estúdio para cumprir a data de lançamento.

• É considerado por alguns críticos como o ápice criativo da fase punk-reggae da banda.

• Os membros expressaram arrependimento da pressa com que o álbum foi feito, mas seus sons resistiram ao tempo.

• Além dos singles, faixas como “Driven to Tears” e “When the World Is Running Down…” evidenciam uma profundidade lírica rara.

• O disco está entre os 80 melhores de 1980 segundo a Rolling Stone, ocupando a posição 69.

Produção

The Police, Nigel Gray

Mudança de line

Sem mudanças significativas

Formação

Sting – baixo elétrico, voz principal e backing, sintetizadores
Andy Summers – guitarra, backing vocals, sintetizador de guitarra, sintetizadores, piano, baixo elétrico (faixa 8)
Stewart Copeland – bateria, backing vocals

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