Este álbum dos Beatles, popularmente conhecido como “The White Album”, é um passeio musical que vai de melodias suaves a experimentações barulhentas, como se fosse uma montanha-russa de psicodelia e rock. Imagine os caras de Liverpool se jogando numa jam session louca, onde cabem tanto baladas delicadas quanto viagens alucinógenas nas 30 músicas divididas pelo álbum duplo.
“Back in the U.S.S.R.” é puro rock energético, enquanto “While My Guitar Gently Weeps” tem um drama que poderia facilmente se transformar numa novela. Inspirada em Bach, “Blackbird” é uma das músicas mais belas já feita em toda a história. O caos experimental, embora genial, às vezes soa como um carro desgovernado, mas é justamente aí que mora a beleza.
1-11. Blackbird
7. While My Guitar Gently Weeps
4. Ob-La-Di, Ob-La-Da
12. Revolution 9
10. Savoy Truffle
• O álbum apresenta uma capa branca e simples, contrastando com a arte vibrante de “Sgt. Pepper’s”. Cada cópia possui um número de série único, tornando-o uma edição limitada desde o lançamento.
• Mike Love, dos Beach Boys, contribuiu com ideias para a música “Back in the U.S.S.R.”, sugerindo a inclusão de “todas as garotas ao redor da Rússia”.
• Ringo Starr deixou a banda por duas semanas durante as gravações, sentindo-se deslocado. Paul McCartney assumiu a bateria em algumas faixas, como “Back in the USSR” e “Dear Prudence”.
• O álbum é notável pela diversidade de estilos, desde rock energético até baladas delicadas e experimentações sonoras, refletindo a liberdade criativa da banda na época.
• Durante as sessões, os membros gravaram suas partes separadamente, contribuindo para a variedade e complexidade do álbum.
• O “White Album” alcançou o topo das paradas no Reino Unido, permanecendo por 22 semanas, e nos EUA, onde ficou nove semanas em primeiro lugar.
• Nenhuma faixa foi lançada como single no Reino Unido ou nos EUA, uma decisão incomum que enfatizou o álbum como uma obra coesa.
• As gravações ocorreram em meio a tensões crescentes entre os membros, refletindo mudanças pessoais e criativas dentro da banda.
• “Dear Prudence” foi escrita por John Lennon sobre a irmã de Mia Farrow, que estava com eles na Índia e se isolou, preocupando os outros.
• “Helter Skelter” é considerada uma das primeiras a antecipar o som do heavy metal, influenciando bandas futuras.
• Curiosamente, “Helter Skelter” foi interpretada de maneira distorcida por Charles Manson, o infame líder de uma seita nos anos 60. Manson acreditava que ela era uma previsão de uma guerra racial iminente e o usou como uma espécie de “chamado” para incitar violência entre seus seguidores. Ele alegava que os Beatles estavam falando diretamente para ele e sua seita através de suas músicas, e “Helter Skelter” era, segundo Manson, um incitamento ao apocalipse. Esse uso macabro da música pelos Manson Family culminou em assassinatos brutais, deixando uma marca eterna na história do crime e da cultura pop.
• Além dos estúdios Abbey Road, a banda utilizou outros locais, como Trident e Olympic, durante as sessões.
• O álbum foi lançado em ambos os países, com três dias de diferença, marcando uma estratégia de distribuição global.
• “Blackbird”, canção de Paul McCartney é uma metáfora sobre a luta pelos direitos civis nos EUA, inspirada por eventos da época.
• “Back in the U.S.S.R.” é uma paródia homenagem bem-humorada ao estilo dos Beach Boys, com Mike Love contribuindo para a letra.
• “Ob-La-Di, Ob-La-Da” como influência do ska, incorpora elementos do ska jamaicano, mostrando a diversidade de influências musicais da banda.
• Eric Clapton tocou guitarra na faixa “While My Guitar Gently Weeps”, adicionando profundidade emocional à música.
• “Sexy Sadie”, de John Lennon, é uma crítica velada ao guru Maharishi Mahesh Yogi, refletindo a decepção da banda com ele.
John Lennon – vocais principais, harmonia e vocais de fundo; guitarra acústica, guitarra principal, guitarra rítmica e baixo; piano, órgão Hammond, harmônio, Mellotron; harmônica, bocal de saxofone; bateria extra (em “Back in the U.S.S.R.”) e percussão variada (pandeiro, aplausos e percussão vocal), fitas, loops de fita e efeitos sonoros (eletrônicos e caseiros).
Paul McCartney – vocais principais, harmonia e vocais de fundo; baixo, guitarra acústica, guitarra principal e rítmica; piano acústico e elétrico, órgão Hammond; percussão variada (tímpano, pandeiro, chocalho, sinos de mão, aplausos, batidas de pé e percussão vocal); bateria (em “Back in the U.S.S.R.”, “Dear Prudence”, “Wild Honey Pie” e “Martha My Dear”); flauta doce.
George Harrison – vocais principais, harmonia e vocais de fundo; guitarra principal, rítmica, acústica e baixo; órgão Hammond (em “While My Guitar Gently Weeps” e “Savoy Truffle”); bateria extra (em “Back in the U.S.S.R.”) e percussão variada (pandeiro, aplausos e percussão vocal) e efeitos sonoros.
Ringo Starr – bateria e percussão variada (pandeiro, bongôs, pratos, maracas e percussão vocal); piano e sinos de trenó (em “Don’t Pass Me By”); vocais principais (em “Don’t Pass Me By” e “Good Night”) e vocais de apoio (em “The Continuing Story of Bungalow Bill”).
Yoko Ono – vocais de apoio, vocais principais e aplausos em “The Continuing Story of Bungalow Bill”, vocais de apoio em “Birthday”, fala, fitas e efeitos sonoros em “Revolution 9”.
Mal Evans – vocais de apoio e aplausos em “Dear Prudence”, aplausos em “Birthday”, trompete em “Helter Skelter”.
Eric Clapton – guitarra principal em “While My Guitar Gently Weeps”.
Jack Fallon – violino em “Don’t Pass Me By”.
Pattie Harrison – vocais de apoio em “Birthday”.
Jackie Lomax – vocais de apoio e aplausos em “Dear Prudence”.
John McCartney – vocais de apoio e aplausos em “Dear Prudence”.
Maureen Starkey – vocais de apoio em “The Continuing Story of Bungalow Bill”.