The Antlers - Blight

Blight

7º álbum de estúdio​

Era

Voz Urgente da Natureza (2022-2025)

8.1

Nota média
de sites de crítica

Quando a terra reclama

Em Blight, a Antlers abandona metáforas distantes e abraça uma linguagem mais direta — o mundo se torna herói e vilão ao mesmo tempo, e Peter Silberman observa o colapso ambiental com um estoicismo melancólico. As faixas oscilam entre serenidade e tensão: o piano minimalista e as texturas eletrônicas se entrelaçam como raízes submersas em solo contaminado. Há momentos em que a música parece sussurrar arrependimento, em outros, gritar urgência — “Deactivate”, por exemplo, evolui de notas delicadas para um caos sonoro que replica o estrago ecológico. Ao fim, “They Lost All of Us” se cala em ambientações: ausência como certeza.

Enquanto Green to Gold respirava luz e natureza em regeneração, Blight respira fumaça, inquietação e fim iminente — é um álbum de vigilância, de quem trilha paisagens à beira do colapso e tenta nomear o invisível.

Destaques

3 – Carnage
1 – Consider the Source
5 – Something in the Air

Menos ouvidas

8 – A Great Flood
9 – They Lost All of Us

Fatos interessantes

• O álbum foi escrito entre 2021 e 2024, inspirado por caminhadas nos campos ao redor do estúdio doméstico de Silberman.

• A capa e os visuais foram elaborados por Ryan Hover, que também dirigiu vídeos das músicas.

• “Carnage” — primeiro single — é definido como uma “balada de estrada mortal”, tema de destruição passiva.

• Gravado principalmente no estúdio caseiro Field’s Edge, em Ulster County, Nova York.

• O álbum é lançado pela gravadora Transgressive Records.

• “They Lost All of Us” é faixa instrumental — sem voz — encerrando o disco com um silêncio evocativo.

• Blight é o primeiro álbum de estúdio da Antlers em quatro anos, sucedendo Green to Gold (2021).

• Em contraste com discos anteriores mais abstratos, aqui Silberman usa uma abordagem lírica mais direta sobre degradação ambiental.

• Em “Something in the Air”, o uso de eletrônicos distorcidos representa atmosferas instáveis e presságios.

• A mixagem ficou a cargo de Nicholas Principe e a masterização por Gus Elg.

Produção

Peter Silberman

Mudança de line

Sem mudanças significativas

Formação

Peter Silberman – voz, piano, sintetizador, guitarra (elétrica, acústica e barítono)
Michael Lerner – bateria

Músicos adicionais
Nicholas Principe – mixagem
Gus Elg – masterização
Pete Caigan – engenharia adicional

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