Talking Heads - Talking Heads: 77

Talking Heads: 77

1º álbum de estúdio​

Fase

Art School Punk (1977–1979)

8.0

Nota média
de sites de crítica

O início da neurose sonora

O álbum de estreia Talking Heads: 77 é como um coquetel de ansiolíticos e cafeína servido num copo de plástico no CBGB. É o som de uma banda de arte que trocou pincéis por guitarras nervosas e letras que parecem relatórios de um ansioso crônico.

​David Byrne canta como se estivesse narrando um documentário sobre sua própria ansiedade, enquanto Tina Weymouth e Chris Frantz seguram a base com um groove que parece ter saído de um laboratório de dança robótica. Jerry Harrison adiciona camadas de teclados que soam como alarmes de carro tentando tocar jazz. O álbum é uma aula de como ser estranho, dançante e inteligente ao mesmo tempo. É como se o punk tivesse feito um curso de design gráfico e decidido fazer música para dançar com os ombros.

Destaques

6 – Psycho Killer
1 – Uh-Oh, Love Comes to Town
11 – Pulled Up

Menos ouvidas

4 – Tentative Decisions
10 – First Week/Last Week…Carefree

Fatos interessantes

• “Psycho Killer” foi escrita anos antes do álbum, mas coincidiu com os crimes do “Filho de Sam”, gerando associações não intencionais.

• Tina Weymouth aprendeu a tocar baixo especialmente para a banda, inspirada por Suzi Quatro e incentivada por Don Cherry.

• O produtor Tony Bongiovi sugeriu que Byrne segurasse uma faca para “entrar no personagem” ao gravar “Psycho Killer”; Byrne recusou.

• A capa vermelha minimalista do álbum contrasta com a complexidade sonora e lírica das músicas.

• O álbum foi relançado em 2024 em uma edição Super Deluxe com faixas inéditas e gravações ao vivo.

• A música “Uh-Oh, Love Comes to Town” incorpora steel pan, mostrando a inclinação da banda para sons não convencionais.

• “Talking Heads: 77” foi incluído no livro “1001 Albums You Must Hear Before You Die”.

• O álbum alcançou a posição 97 na Billboard 200 e 60 no UK Albums Chart.

• A banda praticou por seis meses antes de seu primeiro show, demonstrando seu perfeccionismo desde o início.

• Jerry Harrison, ex-The Modern Lovers, juntou-se à banda pouco antes da gravação do álbum, completando a formação clássica.

Produção

Tony Bongiovi, Lance Quinn, Talking Heads

Mudança de line

Primeira formação

Formação

David Byrne – guitarra, vocal principal, sinos em “Happy Day”, produção, arte da capa
Chris Frantz – bateria, steel pan, produção
Jerry Harrison – guitarra, teclados, vocais de apoio, produção
Tina Weymouth (creditada como Martina Weymouth) – baixo, produção

Músicos adicionais:
Lew Del Gatto – saxofone em “First Week/Last Week… Carefree”
Jimmy Maelen – marimba em “First Week/Last Week… Carefree”, percussão

Se gostou, também vai gostar de...

David Bowie - Blackstar
Art rock

David Bowie – Blackstar

Blackstar é a despedida audaciosa de Bowie: art rock e jazz experimental se unem em um álbum sombrio, poético e profundamente impactante.

Pink Floyd - The Wall
Art rock

Pink Floyd – The Wall

Ópera rock intensa que explora isolamento e traumas com arranjos grandiosos e narrativa profunda; um marco na discografia do Pink Floyd.

Outros álbuns do mesmo ano

Elvis Presley - Elvis in Concert
Ao Vivo

Elvis Presley – Elvis in Concert

Show gravado semanas antes da morte: Elvis debilitado, mas com voz potente e carisma intacto, último registro ao vivo do Rei.

Scorpions - Taken by Force
Hard rock

Scorpions – Taken by Force

Transição energética para os Scorpions, com o hard rock ardente e o metal começando a se firmar. Uli Jon Roth sai, Herman Rarebell entra e a banda se prepara para a fase mais polida do som.

Aerosmith - Draw the Line
Hard rock

Aerosmith – Draw the Line

Gravado em meio ao caos, este álbum é um retrato da banda no limite. Apesar dos excessos, há faixas que mostram a genialidade ainda presente.