Supertramp - Indelibly Stamped

Indelibly Stamped

2º álbum de estúdio​

Fase

Emergência Prog‑Pop (1970–1971)

6.5

Nota média
de sites de crítica

Supertramp sem filtro: riffs e sopros

O som de Indelibly Stamped é um Supertramp mais bruto e terreno, trocando o prog-expansionismo do debut por riffs retumbantes e grooves de blues-rock que lembram bandas como Free e Humble Pie. Rick Davies assume protagonismo e traz arranjos com piano staccato e vocais ásperos, enquanto Hodgson contribui com melodias folk-garimpadas e sopros de sax e flauta cortesias de Winthrop.

Embora a produção tenha passado por momentos de dispersão em solos longos, há uma energia crua e honesta — um Supertramp querendo provar ao mundo (e a si mesmos) que sabiam fazer rock de verdade. É um disco de transição, sem a coesão do que viria em Crime of the Century, mas com uma energia “sem filtro” e muita atitude: ideal para quem quer ver a banda em modo “sobrevivência criativa”.
https://www.youtube.com/watch?v=0TM2OLrZWUc&list=RD0TM2OLrZWUc&start_radio=1&ab_channel=SupertrampOfficial

Destaques

1 – Your Poppa Don’t Mind
2 – Travelled
5 – Forever

Menos ouvidas

8 – Friend in Need
10 – Aries

Fatos interessantes

• O disco foi lançado com capa polêmica — uma mulher tatuada nua — e chegou a ser banido e vendido em capa parda na Austrália.

• As sessões foram definidas como um “álbum de sobrevivência” para reconquistar a confiança do empresário da banda.

• Foi o primeiro álbum do Supertramp lançado oficialmente nos EUA.

• “Times Have Changed” nasceu de uma antiga faixa chamada “Times of Rain”, com letras refeitas por Davies e Hodgson.

• É o álbum em que Hodgson deixa o baixo e assume mais a guitarra, definindo o estilo que o levaria ao sucesso.

• Infinite instrumentais: AllMusic comenta que, mesmo sendo melhor que o álbum de estreia, ainda exagerava em longos trechos instrumentais.

• Com os anos, foi certificado ouro no Canadá e na França, apesar de seu fracasso inicial.

• Marion Hollier é a modelo da tatuagem na capa, recebendo £45 pelo ensaio.

• Marcou a estreia de violões e saxofone na formação oficial da banda.

• O álbum não atingiu as paradas, mas abriu caminho para a formação clássica de 1974.

Produção

Supertramp

Mudança de line

Saíram: Robert Millar (bateria) e Richard Palmer-James (guitarra/baixo), presentes no álbum de estreia.

Entraram: Kevin Currie (bateria), Frank Farrell (baixo, piano, acordeão), Dave Winthrop (flauta, sax, voz).

Formação

Rick Davies – teclados (piano acústico, Wurlitzer, Hammond), voz, harmônica
Roger Hodgson – guitarras (acústica, elétrica, baixo na faixa 3), voz (faixas 2,3,10) e backing vocals
Dave Winthrop – flauta, saxofones, voz principal (faixa 6) e backing vocals
Frank Farrell – baixo (todas as faixas exceto 3), piano e acordeão (faixa 3), backing vocals
Kevin Currie – bateria, percussão

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