Supertramp - Crisis? What Crisis?

Crisis? What Crisis?

4º álbum de estúdio​

Fase

Ascensão e Consolidação Prog‑Rock (1974–1977)

7.3

Nota média
de sites de crítica

Entre sobras e faíscas criativas

Você sente o peso da pressão criativa logo nas notas iniciais de Easy Does It — um respiro antes da tempestade moderna que Supertramp enfrentou. O álbum foi concebido às pressas, a partir de sobras do anterior, mas essa urgência dá seu charme: soa cru, espontâneo, como um trecho de ensaio ao vivo capturado entre turnês.

Sombrio e ainda assim cheio de melodias cativantes, Crisis? What Crisis? mistura a sofisticação do piano de Hodgson e Davies com saxofones e teclados que dançam entre o progressivo e o radiofônico. Comparado ao rigor quase cinematográfico de Crime of the Century, aqui a banda se solta: A Soapbox Opera brinca com leves toques de teatro musical, enquanto Another Man’s Woman mistura lirismo e groove. Há falhas? Sim, escoros criativos e finalizações rápidas. Porém, esse verniz imperfeito confere personalidade e honestidade ao disco. O que faltou em tempo, sobrou em nervo e emoção — o álbum é um retrato sincero de uma banda em movimento, tensa mas resiliente, oferecendo pequenas pepitas melódicas em meio a um momento de crise.
https://www.youtube.com/watch?v=sXFk-9Hadxk&list=RDsXFk-9Hadxk&start_radio=1&ab_channel=JohnDoe

Destaques

6 – Lady
5 – Another Man’s Woman
7 – Poor Boy

Menos ouvidas

3 – Ain’t Nobody But Me
8 – Just a Normal Day

Fatos interessantes

• Foi gravado entre turnês nos EUA e Reino Unido, com material remanescente de Crime of the Century.

• Roger Hodgson chama este seu Supertramp favorito pela “naturalidade” e “cru” balanceado.

• Apesar das dúvidas da banda sobre a qualidade do disco, foi bem recebido pela crítica e atingiu o top 20 no Reino Unido e top 50 nos.

• Inclui faixas que ficaram no repertório ao vivo, como “Lady” (vídeo de 1975).

• A mão machucada de Hodgson cancelou parte da turnê, abrindo tempo para criar duas canções – inclusive “Ain’t Nobody but Me”.

• Epicentro de um momento de transição: após este álbum, migraram mais para Los Angeles e foco pop-rock .

Produção

Ken Scott, Supertramp

Mudança de line

Sem mudanças significativas

Formação

Rick Davies – voz, teclados, órgão, gaita, melódica
Roger Hodgson – voz, guitarra, piano
John Helliwell – saxofone, clarinete, backing vocals
Dougie Thomson – baixo
Bob Siebenberg – bateria, percussão

Músicos adicionais
Frank Farrell – teclados, baixo (em faixas remanescentes) – não confirmado

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