Ramones - Road to Ruin

Road to Ruin

4º álbum de estúdio​

Era

Raiz Explosiva (1976–1978)

7.7

Nota média
de sites de crítica

Punk com paladar pop

Em Road to Ruin, os Ramones entregam o melhor de si num mix de punk acelerado e riffs pop grudentos – uma jornada sonora quase um “Ramones para iniciantes”. A estreia de Marky Ramone traz precisão nos tambores, deixando espaço para solos de guitarra que lembram os anos 60, mas sem perder o pulso crú e direto. Podemos rolar uma analogia: é como se o punk tivesse tomado café com influências do folk e dado match musical.

Enquanto mantém clássicos da banda, como “She’s the One”, o disco arrisca baladas e até slide guitar (em “Don’t Come Close”), mostrando que os caras estavam prontos para conquistar o rádio, sem se afastar da essência do CBGB. Há um sabor pop eficaz, explosivo, embebido em nostalgia de girl groups e Byrds, mas ainda assim fiel ao conceito: riffs rápidos, letras econômicas e atitude na cara. É o ponto em que o punk dos Ramones começa a abrir a porta para o mainstream – sem perder seu caos.

Destaques

3 – I Wanna Be Sedated
1 – I Just Want to Have Something to Do
7 – Needles and Pins

Menos ouvidas

5 – Don’t Come Close
10 – Questioningly

Fatos interessantes

• “I Wanna Be Sedated” foi o terceiro single lançado, mas virou o maior sucesso do disco — 82 % das streams.

• Foi o quarto álbum e o primeiro com Marky na bateria — sua técnica mais fluida elevou o som.

• Primeiro a explorar baladas e instrumentos como acústica e até country (“Don’t Come Close”, “Questioningly”) .

• A faixa inicial “I Just Want to Have Something to Do” foi elogiada como expressão potente de “desejo frustrado”.

• Capa ilustre: arte de John Holmstrom, fundador da Punk Magazine .

• Tommy Ramone produziu o álbum mesmo após sair dos tambores.

• Tentativa clara de alcançar o sucesso no rádio, com estrutura pop mais polida .

• Apesar das inovações, não estourou no Top 40 dos EUA .

Produção

Tommy Ramone (T. Erdelyi), Ed Stasium

Mudança de line

Após intensas turnês e conflitos internos, Tommy Ramone decidiu deixar o posto de baterista dos Ramones, embora tenha permanecido como produtor no álbum Road to Ruin. Para substituí-lo, entrou Marky Ramone, vindo das bandas Dust e Richard Hell & The Voidoids.

Formação

Joey Ramone – voz
Johnny Ramone – guitarra elétrica
Dee Dee Ramone – baixo elétrico
Marky Ramone – bateria

Músicos adicionais
Tommy Ramone – guitarra ritmica, produção
Ed Stasium – guitarra ritmica, produção

Se gostou, também vai gostar de...

The Clash - Cut the Crap
New Wave

The Clash – Cut the Crap

Cut the Crap tenta um rock com sintetizador e bateria eletrônica, mas perde a essência dos Clash. Um disco apressado, com produção pesada e letras simplistas, refletindo o fim frustrado da banda.

Billy Idol - The Cage (EP)
New Wave

Billy Idol – The Cage (EP)

The Cage é Billy Idol em alta voltagem: riffs pesados, refrões explosivos e a velha rebeldia em um EP que soa moderno sem perder a essência.

Outros álbuns do mesmo ano

Journey - Infinity
AOR

Journey – Infinity

Chegando em 1978, Infinity mescla refrões marcantes, guitarras vibrantes e a voz de Steve Perry para redefinir Journey no rock melódico.

Van Halen - Van Halen
Glam metal

Van Halen – Van Halen

Van Halen estreia como um meteoro: riffs alienígenas, solos insanos e um vocalista puro carisma. Hard rock elétrico, sem freio e cheio de atitude!