Neil Young and the Chrome Hearts - Talkin to the Trees

Talkin to the Trees

48º álbum de estúdio​

Fase

Os Corações Cromados (2024–presente)

7.5

Nota média
de sites de crítica

O pastor político-folk de 79 anos

Neil Young, aos 79 anos, troca o peso de Crazy Horse por uma banda afinada e renovada, a Chrome Hearts, e desce do pedestal para dialogar com o mundo ao seu redor. “Big Change” e “Let’s Roll Again” são punhos erguidos contra Trump, Elon Musk e o status quo, com guitarras cruas, distorção e humor ácido – quase o equivalente musical de um cartum político.

Mas o coração do disco bate junto da família: “Family Life” e “Dark Mirage” exploram laços frágeis, memórias e reconciliações, num tom mais introspectivo que remete ao estilo de Harvest Moon. A faixa-título e “First Fire of Winter” cortejam os mistérios da vida cotidiana em clima quase reverente, com um folk sereno e sutil. É um disco que tenta equilibrar o mundano e o cósmico, a raiva e a ternura – quase um testamento de um veterano ainda revoltado, mas com o pé fincado na realidade da sua própria vida.

Destaques

6 – Big Change
5 – Let’s Roll Again
7 – Talkin to the Trees

Menos ouvidas

2 – Dark Mirage
4 – Silver Eagle

Fatos interessantes

• É o primeiro álbum de Neil Young com a banda Chrome Hearts, formada por ex-Promise of the Real e o veterano Spooner Oldham.

• “Big Change” saiu em janeiro de 2025 como single sozinho, com tom direto e urgente.

• “Let’s Roll Again” ataca Elon Musk chamando-o de “fascista” e critica a indústria automobilística americana.

• Gravado no estúdio Shangri La, em Malibu, que pertence ao Rick Rubin.

• O álbum segue Coastal (2025), mas marca transição de Crazy Horse para Chrome Hearts.

• Capa foi alterada pouco antes do lançamento: de uma imagem ambiental para Neil segurando um violão no fundo branco.

• Neil esteve em estúdio sem escrever música por dois anos antes de compor estas dez faixas.

• A faixa “Dark Mirage” insinua conflitos com a filha Amber Jean após a morte de Pegi Young.

• O disco equilibra canções intensas e protestos com hinos domésticos (ex: “Family Life”).

Produção

Lou Adler; Neil Young

Mudança de line

Em relação ao álbum anterior (Coastal, lançado no mesmo ano), há mudança significativa: Young se separa da Crazy Horse e forma a nova banda Chrome Hearts. Saem Billy Talbot e Ralph Molina (Crazy Horse); entram Micah Nelson, Corey McCormick e Anthony LoGerfo (ex-Promise of the Real), além de reencontrar Spooner Oldham (Harvest Moon) – trazendo influência country e renovação criativa.

Formação

Neil Young – voz, guitarra, piano, vibrafone, harpa
Micah Nelson – guitarra, vocais de apoio
Corey McCormick – baixo, vocais de apoio
Anthony LoGerfo – bateria
Spooner Oldham – teclados, órgão

Se gostou, também vai gostar de...

Bruce Springsteen - Working on a Dream
Folk Rock

Bruce Springsteen – Working on a Dream

Working on a Dream completa a trilogia de Bruce Springsteen iniciada com The Rising e Magic, trazendo um som mais pop-rock, mas mantendo a energia vibrante da E Street Band e temas de perseverança e amor.

Rod Stewart - Never a Dull Moment
Blue-eyed soul

Rod Stewart – Never a Dull Moment

Rod Stewart mistura rock, folk e soul em Never a Dull Moment, destacando sua voz única e carisma em um álbum espontâneo e envolvente.

The Beatles - Help!
Folk Rock

The Beatles – Help!

“Help!” mistura pop, rock e folk com guitarras energéticas e harmonias únicas, trazendo hits como “Ticket to Ride”, “Yesterday” e “Help!”, enquanto ainda mantém o clima descontraído.

Outros álbuns do mesmo ano

Bon Iver - SABLE
Art pop

Bon Iver – SABLE, fABLE

Bon Iver entre sombra e luz: o lado introspectivo sussurra segredos, o lado solar celebra com soul, gospel e leveza pop.

Bruce Springsteen - Perfect World
Arena rock

Bruce Springsteen – Perfect World

Mix de faixas inéditas recuperadas que resgatam a energia dos shows em estádios do Boss: animação, melodia e reflexões sociais costuradas em som explosivo.