Michael Jackson - Dangerous

Dangerous

8º álbum de estúdio​

Fase

Rei do Pop (1987–1993)

7.9

Nota média
de sites de crítica

Michael Jackson Reinventado

Depois de domar os anos 80 com “Thriller” e “Bad”, Michael Jackson entrou nos 90s com Dangerous, um álbum que joga fora os sintetizadores cintilantes de Quincy Jones e mergulha de cabeça no New Jack Swing, cortesia de Teddy Riley.

O resultado? Um pop cheio de batidas suadas, baixos gordurosos e uma vibe de festa tecnológica—pense em Bobby Brown e Janet Jackson brigando pelo último lugar na pista de dança. Mas Michael também mantém seu lado épico, com baladas grandiosas como “Heal the World” e explosões roqueiras tipo “Black or White”, que poderia estar num disco do Bon Jovi, se o Bon Jovi soubesse dançar. Entre hinos sociais e grooves ferozes, Dangerous é um álbum ambicioso, caótico e, acima de tudo, viciante.

Destaques

5. Remember the Time
8. Black or White
7. Heal the World

Menos ouvidas

12. Keep the Faith
13. Gone Too Soon

Fatos interessantes

• Este foi o primeiro álbum de Michael Jackson desde 1979 sem a produção de Quincy Jones. Michael colaborou com Teddy Riley, pioneiro do New Jack Swing, e Bill Bottrell, trazendo uma sonoridade mais urbana e contemporânea ao trabalho.

• A arte da capa, criada por Mark Ryden, é rica em simbolismos e detalhes. Ela apresenta referências ao zoológico particular de Michael, elementos circenses e figuras enigmáticas, como um macaco coroado e um menino de rosto bicolor, aludindo à canção “Black or White”.

• O álbum gerou nove singles, incluindo “Black or White”, “Remember the Time” e “In the Closet”. “Black or White” destacou-se ao saltar da 32ª para a 1ª posição nas paradas, quebrando recordes estabelecidos anteriormente pelos Beatles.

• O álbum contou com participações especiais de artistas como Slash, guitarrista do Guns N’ Roses, que contribuiu com solos em “Give In to Me”, e a Princesa Stéphanie de Mônaco, creditada como “Mystery Girl” em “In the Closet”.

• Cada single foi acompanhado por videoclipes elaborados, dirigidos por cineastas renomados e estrelados por celebridades como Macaulay Culkin, Eddie Murphy e Naomi Campbell, elevando o padrão das produções musicais da época.

• A “Dangerous World Tour” arrecadou cerca de US$100 milhões, consolidando ainda mais a influência global de Michael Jackson e destacando sua capacidade de inovar tanto musicalmente quanto em performances ao vivo.

• Lançado em 1991, o videoclipe de “Black or White” de Michael Jackson é uma explosão de efeitos visuais inovadores e uma mensagem poderosa sobre igualdade racial. Dirigido por John Landis, o clipe é conhecido por seu uso revolucionário da tecnologia de morphing, onde os rostos de diferentes pessoas se fundem de forma impressionante, simbolizando a união das raças. A participação de Macaulay Culkin, famoso por seu papel em Home Alone, adiciona um toque de charme juvenil à narrativa.

Produção

Michael Jackson, Bill Bottrell, Bruce Swedien, Teddy Riley

Mudança de line

Músicos de estúdio

Formação

Michael Jackson – produtor e vocalista principal (todas as faixas), vocais de apoio (1–12, 14), arranjos (1, 9), arranjos vocais (1, 3–7, 11, 14), arranjos rítmicos (7, 11), diretor (introdução da 8), voz soprano (9)

Slash – performance especial de guitarra (faixa 10)
Teddy Riley – produtor, engenheiro, mixagem e sintetizadores (1–6, 14); teclados (1–6); guitarra (1, 2); arranjos rítmicos (2–6, 14); arranjos de sintetizador (3–6, 14); bateria e arranjos (1)
Bruce Swedien – produtor (faixa 1), co-produtor (7, 11–13), engenheiro e mixagem (1–7, 11–14), arranjos e teclados (1), bateria (1, 11, 12), percussão (11, 12)
Bill Bottrell – produtor, engenheiro e mixagem (8–10); guitarra (8, 10); bateria (9, 10); percussão, rap e narração na introdução (8); sintetizador (9); baixo e mellotron (10)
Heavy D – rap (faixa 1)
Mystery Girl (Princesa Stéphanie de Mônaco) – vocais (faixa 3)
Greg Phillinganes – teclados (faixa 11)
David Paich – teclados (7, 9, 13), sintetizador (7, 13), arranjos e programação de teclados (9), arranjos rítmicos (13)
Steve Porcaro – sintetizador (7, 13), teclados e programação (9)
Jeff Porcaro – bateria (faixa 7)
Louis Johnson – baixo (faixa 9)
Paul Jackson Jr. – guitarra (faixa 2)
Tim Pierce – guitarra heavy metal (faixa 8)
Abraham Laboriel – baixo (faixa 13)
Rhett Lawrence – sintetizador (1, 11, 12, 14); bateria, percussão e arranjos (12); programação de sintetizador (11)
Bryan Loren – bateria (8, 9), sintetizador (8)
René Moore – arranjos e teclados (faixa 1)
Jai Winding – teclados e programação (faixa 9), piano e baixo (12)
Marty Paich – arranjos orquestrais e regência (7, 13)
Johnny Mandel – arranjos orquestrais e regência (faixa 11)
Andraé Crouch – arranjos de coro (11, 12)
Sandra Crouch – arranjos de coro (11, 12)
The Andraé Crouch Singers – coro (faixas 11, 12)
The John Bahler Singers – coro (faixa 7)
John Bahler – arranjos vocais e de coro (faixa 7)
Glen Ballard – arranjos (faixa 12)
John Barnes – teclados (faixa 8)
Michael Boddicker – sintetizador (1, 7, 11–13), sequenciador (8), teclados e programação (9)
Brad Buxer – teclados (1, 7–9, 11), sintetizador (1, 14), percussão (8), programação (9)
George Del Barrio – arranjos de cordas (faixa 9)
Jasun Martz – teclados (faixa 8)
Kevin Gilbert – sequenciador rápido (faixa 8)
Craig Brock – engenheiro assistente de guitarra (faixa 10)
Jim Mitchell – engenheiro de guitarra (faixa 10)
Jean-Marie Horvat – engenheiro (faixa 14)
Thom Russo – engenheiro (faixa 14)
Matt Forger – engenheiro e mixagem (faixa 7), engenharia e design de som (introdução da 8)
Andres McKenzie – narração na introdução (faixa 8)
Christa Larson – vocal solo de encerramento (faixa 7)
Linda Harmon – voz soprano (faixa 9)
Larry Corbett – violoncelo (faixa 9)
Terry Jackson – baixo (faixa 8)

Se gostou, também vai gostar de...

Tate McRae - So Close to What
Pop

Tate McRae – So Close to What

Tate McRae tenta reviver o pop Y2K, mas entrega um álbum genérico e sem ganchos memoráveis—perfeito para tocar no fundo de um comercial da Shein.

Cyndi Lauper - The Body Acoustic
Pop

Cyndi Lauper – The Body Acoustic

Cyndi Lauper reinventa seus clássicos em versão semi-acústica, destacando sua voz única e composições fortes, com uma seleção de convidados especiais.

a-ha - Cast in Steel
Pop

a-ha – Cast in Steel

Retorno com mistura de pop maduro, sintetizadores e baladas épicas – todos embalados com letras profundas e provocativas.

Outros álbuns do mesmo ano

Guns N' Roses - Use Your Illusion I
Blues rock

Guns N’ Roses – Use Your Illusion I

Um épico grandioso onde o Guns mistura raiva, baladas e orquestras, provando que o caos também pode ser majestoso. Lançado simultaneamente com a parte II.

Guns N' Roses - Use Your Illusion II
Hard rock

Guns N’ Roses – Use Your Illusion II

O lado mais sombrio e explosivo do Guns, onde baladas, protestos e fúria se misturam em um épico de peso e desilusão. Lançado simultaneamente com a parte I.

Europe - Prisoners in Paradise
Glam metal

Europe – Prisoners in Paradise

Glam metal que tenta ser grandioso, mas acaba tropeçando em clichês e produção excessiva, sem a energia dos álbuns anteriores. Mesmo assim, sólido.