Metallica - St. Anger

St. Anger

8º álbum de estúdio​

Fase

Mainstream (1991–2003)

3.1

Nota média
de sites de crítica

St. Anger: O Álbum Que Ninguém Pediu (Mas Precisava Acontecer?)

“St. Anger” soa como um experimento fracassado do Metallica tentando se modernizar, mas tropeçando em cada escolha. O som da bateria de Lars Ulrich é comparável a um latão batido, o baixo afunda em um limbo inaudível e as guitarras perderam o brilho dos riffs velozes que fizeram a banda lendária. Sem solos, com vocais gritados e fora de tom de James Hetfield e uma produção que parece saída de um ensaio mal gravado, o disco mais se assemelha a um tributo ao nu metal do que ao thrash furioso que os consagrou.

É um álbum longo, repetitivo e confuso, mas, se você esquecer quem o Metallica era, consegue ouvir e minimamente se divertir – tipo ao assistir Wolverine: Imortal. O documentário Some Kind of Monster ajuda a entender a obra e muda completamente seu sentido, revelando a banda no auge de sua crise interna e transformando St. Anger em um registro cru e acidentalmente fascinante de sua turbulência.

Destaques

3. St. Anger
1. Frantic
3. Some Kind Of Monster

Menos ouvidas

10. Purify
11. All Within My Hands

Fatos interessantes

• O álbum foi parcialmente composto em antigos quartéis militares no Presídio de São Francisco, que a banda transformou em um estúdio improvisado em janeiro de 2001. ​

• O baixista Jason Newsted deixou a banda em janeiro de 2001, citando “razões pessoais e danos físicos” acumulados ao longo dos anos tocando música pesada. ​

• ​Em 1º de maio de 2003, o Metallica realizou uma apresentação única na Prisão Estadual de San Quentin, na Califórnia, como parte das gravações do videoclipe de “St. Anger”. Além da filmagem, a banda presenteou os detentos com um show exclusivo, incluindo clássicos como “Creeping Death” e “Enter Sandman”. Curiosamente, o notório serial killer Richard Ramirez, então preso em San Quentin, ficou agitado por não poder assistir à performance. Posteriormente, ele enviou à banda uma revista com o Metallica na capa, como lembrança desse evento singular.

• Com a saída de Newsted, o produtor Bob Rock assumiu temporariamente as linhas de baixo durante as gravações do álbum. ​

• Durante as gravações, o vocalista e guitarrista James Hetfield entrou em reabilitação por alcoolismo e outras dependências em julho de 2001, interrompendo o processo por vários meses. ​

• Diferentemente dos álbuns anteriores, St. Anger não apresenta solos de guitarra, uma decisão intencional para capturar uma energia mais crua e direta. ​

• O baterista Lars Ulrich optou por um som de caixa sem a esteira, resultando em um timbre metálico e ressonante que gerou debates entre fãs e críticos. ​

• O tumultuado processo de gravação foi registrado no documentário Some Kind of Monster, lançado em 2004, que oferece uma visão aprofundada dos desafios enfrentados pela banda durante esse período. ​

• Apesar das críticas mistas, a faixa-título “St. Anger” ganhou o Grammy de Melhor Performance de Metal em 2004. ​

• A arte da capa foi criada pelo artista Pushead, colaborador de longa data da banda, conhecido por seu estilo distintivo em trabalhos anteriores do Metallica. ​

• Originalmente previsto para 10 de junho de 2003, o álbum foi lançado cinco dias antes devido a preocupações com distribuição ilegal através de redes de compartilhamento de arquivos.

Produção

Bob Rock, Metallica

Mudança de line

Saída de Jason Newsted – Baixista. O produtor Bob Rock assumiu o papel nas gravações

Formação

James Hetfield – vocais, guitarra, produção
Kirk Hammett – guitarra, produção
Lars Ulrich – bateria, produção
Bob Rock (produtor) – baixo

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