Lily Allen - West End Girl

West End Girl

5º álbum de estúdio​

Era

Retorno vulnerável & reinvenção (2025‑presente)

8.3

Nota média
de sites de crítica

Quando o palco vira confissão

Este álbum soa como se Lily Allen tivesse pegado o pop britânico sarcástico dos seus inícios, jogado numa sala de espelhos emocionalmente fluorescente e deixado agir. As melodias são doces, quase ensolaradas, mas as letras cortam como bisturi — traição, confissão, desmoronamento emocional.

Depois de um hiato de sete anos, Allen parece menos preocupada em agradar e mais interessada em despejar tudo no estúdio: humor ácido, confissões sinceras, produção elaborada. Ela reconstrói seu universo artístico com ares de teatro (não por acaso o título remete ao palco londrino) e dá voz a uma mulher que passou por belas e turbulentas mudanças. Em relação ao “No Shame”, aqui há menos experimentação dispersa e mais foco na história — o som está mais contido, mais controlado, mas emocionalmente mais vulnerável.

Destaques

7 – Pussy Palace
1 – West End Girl
2 – Ruminating

Menos ouvidas

13 – Let You W/In
14 – Fruityloop

Fatos interessantes

• O álbum foi gravado em Los Angeles ao longo de cerca de dez a dezesseis dias em Dezembro de 2024 para captar a urgência emocional da fase.

• Marca o seu primeiro álbum em sete anos (desde “No Shame” em 2018).

• Mistura fato e ficção nas letras — Allen admite que há “coisas que vivi” na relação que inspira o álbum, mas nem tudo é literal.

• O título “West End Girl” remete à sua recente fase em teatro no West End de Londres e à ideia de se reinventar no limiar entre palco e vida real.

• A crítica considerou o álbum uma das viradas mais ousadas da carreira dela — tanto em estilo quanto em revelação pessoal.

Produção

Lily Allen; Alessandro Buccellati; Seb Chew; Leroy Clampitt; Chrome Sparks; Jason Evigan; Micah Jasper; Kito; Blue May; Oscar Scheller; Leon Vynehall

Mudança de line

Comparado com o álbum anterior (“No Shame”, 2018), não houve uma troca formal de “banda” — como artista solo, Lily Allen manteve‑se como principal.

Formação

Lily Allen – voz principal, vocais de apoio
Blue May – programação, bateria, baixo, sintetizador, piano, guitarra, teclados
Oscar Scheller – programação, bateria, teclados, sintetizador, baixo‑sintetizador, baixo
Amy Langley – condução, arranjo de cordas

Músicos adicionais
Alex Marshall, Jess Cox, Klara Romac, Rhian Porter, Vicky Matthews – violoncelo

Se gostou, também vai gostar de...

ABBA - Waterloo
Europop

ABBA – Waterloo

Waterloo é a explosão pop que lançou o ABBA ao estrelato (após a canção vencer o Eurovision), misturando refrãos viciantes, rock animado e baladas cativantes em um disco vibrante e atemporal.

10cc - How Dare You!
Arti rock

10cc – How Dare You!

Pop art inspirado, recheado de hits e humor ácido, marca o último suspiro da formação original do 10cc — criativo até o fim.

Olly Alexander - Polari
Pop

Olly Alexander – Polari

Polari de Olly Alexander mistura synth-pop dos anos 80 e alt-pop queer, mas peca pela falta de profundidade nas letras e convicção artística.

Outros álbuns do mesmo ano

Arch Enemy - Blood Dynasty
Death metal

Arch Enemy – Blood Dynasty

Blood Dynasty marca a saída de Jeff Loomis e traz um Arch Enemy mais agressivo e técnico, com Alissa dominando o vocal e riffs mais cortantes.

Witch - Sogolo
Psicodélico

Witch – Sogolo

Zamrock renovado com grooves afro‑psicodélicos, riffs pesados e vocais ancestrais — WITCH mostra força renovada em Sogolo.

Destroyer - Dan's Boogie
Art rock

Destroyer – Dan’s Boogie

Mistura de jazz experimental, rock dos anos 80 e sintetizadores pulsantes. Bejar explora introspecção com humor ácido, criando uma vibe única e sofisticada.